Uma Rosa para Berlim - Desabafo e loucura.
Um barulho na sala e acordo. Coloco um sobretudo
e vou para a sala que está com as janelas abertas. O
sol já está bem alto e vejo minha tia deitada no chão e
com uma garrafa de vinho do lado.
- que houve, tia Greta ? - vou até ela e tento levantá-la.
Erna e Marija vem correndo e me ajuda a levantá-la.
- o que houve com ela? - pergunta Marija pegando em
seguida a garrafa vazia e a colocando na cozinha.
- Estou comemorando a ida do seu tio para Bonn ver a
sua verdadeira espôsa ! - disse Greta parecendo bem
sóbria - estou a afim de desabafar tudo - de ageita.
- Então fala o que te incomoda ! - falo alisando o ombro
dela e depois sorrindo.
- Eu nunca fui a verdadeira esposa de seu tio.
- Explique tudo !- fala Marija curiosa.
- Quando conheci seu tio, ele era pai de um neném de
1 ano : Henrich !
- mas Henrich é seu filho - falo espantada.
- Não ! - disse tia Greta bem calma- apenas ouçam ! -
Se levanta e vai até a janela olhando para o muro e de
pois nos olha - Seu tio engravidou uma cigana mas
sabia do preconceito sobre o povo dela. Eu fiquei grávi
da e não sei de quem e o meu pai precisava de um bobo.
Seu tio era ganancioso e precisava de uma mãe Alemã.
Então juntou o útil ao agradável. Meu pai ofereceu po
sição militar , casa e dinheiro a seu tio. Seu tio receberia
a mãe Alemã para seus filhos. Uma vez resolvido, contou-se
uma estória que eu e seu tio viviamos juntos bastante
tempo e eu tive Heinrich e estava grávida de novo.
- Que loucura ! - exclamo espantada - filho mesmo de
vocês só o Max...
- Não ! - cortou minha tia - depois que tive Uta seu tio
teve mais um filho com a cigana e foi quando me afas
tei de todos para fingir novo parto.
Estou perplexa com a informação.
- Que se dane todos ! Seu tio nunca gostou de Uta...
- Ela tem 17 anos e pensava ser minha prima.
- Quero me divertir , hoje ! - Minha tia Greta começa a dançar e a cantar em inglês. Nós a acompanhamos e
começamos a dançar. Depois fomos para o banho e
nos banhamos as 4 juntas e minha tia estava muito
feliz. Pouco mais tarde fizemos um almôço gostoso
e almoçamos . Aproveitamos que nào tinha ninguém
em casa e gicamos à vontade. Minha tia com quase
1,80 m de altura parecia maior, brincando e rindo.
Mais tarde ficamos jogando cartas e então ouvimos
uns aplaudos e olhamos para a porta de entrada. Uma
bela môça de olhos verdes e de cerca de 1,65 m de
altura rindo e aplaudindo tudo.
- Finalmente minha mãe rindo!
-Uta ! - gritei ao vê-la. Vou até ela e nos abraçamos forte.
Depois aponto para Erna e falo:
- Erna ! - aponto para Marija- Marija !
Após as apresentações , Greta pucha a filha para baixo
do chuveiro e as duas tomam banho. Também entramos
na brincadeira e a casa viea um chiqueiro.
- hoje quero me divertir - fala Greta dando gargalhadas.
E assim passamos o resto do dia, leves , livre e soltas.
Um telefonema de Herman me congela : Erika está a
caminho com ordens expressas. Nos arrumamos rápido
mas, meu tio chega de mansinho e nos vê semi-nuas
na sala e todas rindo. Erika entra com ele.
- Que diabos estiveram faxendo ?- entra correndo - quem
é a responsável por tudo isso ?
- Eu ! - grito bem alto sabendo que quer punir a todas-
Eu insinuei e indiquei essa...- sou calada com um tapa
e caio. Erika me ergue e mãos fortes me agarram. Meu
tio me deita na cama do quarto e manda que me tatuem
uma enorme swástica vermelha nas minhas costas.
Minha tia , Uta, Marija e Erna são empurradas a tapa da
Sala e depois trazem minha tia com as costas desnudas
e tatuam nela a crus da wehrmacht.
- vocês são meus gados e serão marcadas .
Nos tatuam e depois nos batem. Altas horas da noite
e somos trancadas no quarto como animais. Meu tio
se retira e nós nos entreolhamos não entender tanta
loucura. Uta está perplexa. Greta chora e minhas duas
amigas estão espantadas sem entender nada.
- Estamos sendo punidas pelo louco do meu pai - disse
Uta rindo - sempre faz tatuagem na pessoa a ser punida.
- Apenas nos divertíamos - fala Erna.
- vamos dormir ! - falo me deitando de bruços.
Minha tia, eu e as outras resolvemos dormir e assim
finda o dia 14/5/1940.