Uma Rosa para Berlim- O presídio
Acordo com um safanão e vejo Karla com uma
feição dura e de poucos amigos.
- Todas estão de pé...só falta você !
- Já estou indo - Falo me levantando apressadamen
te e com um pouco de medo de Karla que usa uma
varinha flexível na mão. Karla me observa enquanto
entro no banheiro e faço tudo que tem que fazer.
Ao sair do banho, vejo na cama roupas simples para
que eu use. É o que eu faço e desço até o refeitório.
Faço meu lanche junto com todas e depois somos
colocadas em ônibus e depois somos retiradas da
cidade e chegamos em uma fazenda presídio. Não
um presídio comum mas, um pequeno campo de
concentração. Muitos guardas bem armados e trei
namento militar em volta. Os ônibus entram pelo
portão e para diante de soldados bem armados.
Uma por uma saimos e somos colocadas em fila.
Somos levadas até um grande alojamento.
- Aqui é o novo lar de vocês ! - disse Karla entrando
no alojamento - aqui vão viver e trabalhar durante
a noite - e faz sinal para irmos para o chuveiro cole
tivo. Neste lugar, somos inspecionadas por médi
cos e depois tomamos banho e recebemos roupa
de presidiárias. Entre inspeção médica e registros,
o dia passa e já começa a anoitecer, quando de
presídio , o lugar se transforma em bordéu. Muitos
soldados e civiis chegam e vão se apossando das
garotas e as levando para quartos retirados. O meu
grupo é recente e somos poupadas pois , nossas
roupas de noite não chegou. Nem sequer podemos
ir para a festa armada. Ficamos converçando no
alojamento e de repente entra Karla com outra ga
rota que parece estar contente em estar alí. Chega
e se apresenta :
- Me chamo Erika ! Vim de Berlim e era do movi
mento feminista e fui presa por isso. Quase matei
um oficial da Gestapo e acabei de chegar aqui.
- nós também chegamos hoje - falo me apresen
tando estendendo a mão - Sou Nina Schaffer Kohl.
- Sou Frigga !
- Marija !
- Kara. Quero dizer : Meu nome verdadeiro é Erna.
- Morrigan.
- Gudrun.
- Freyia !
Todas abraçam ela.
Erika tem longos cabelos castanhos claros. Ela é
alta e já está usando roupa de presidiária. Então
ficamos ali papeando o tempo todo, até a hora
de dormir. Assim termina o dia 5 de maio de 40.