Ah...o interior...
As cidadezinhas são sempre tão iguais,
todas com uma igreja, uma praça, uma feira
e muita notícia.Mas aquelas do recôncavo, não.
Lá os tambores gritam durante a noite,
anunciando o sangue cultural daquela gente,
separadas apenas por uma ponte que leva o
nome de um pseudo-herói brasileiro.
Quantos amores ali já se beijaram?
Quantas vidas ali já se arriscaram?
Quantos olhos fixos em sua beleza
quiseram conservar tal dádiva?
Mas a ponte está enferrujando,
estão pois com ela acabando,
mas certamente ainda assim a
vovó ponte continua a ligar vidas e destinos,
conectando corações e singelas visões.
Sua face denota uma velha aparência,
contudo reflete um olhar e um sorriso de uma
criança, que clama por atenção.
Entretanto, assim é o nosso país,
um contraste de valores,
uma intensificação de amores
e que sente em sua simples gente
a essência das flores.