Definhando-se

Araripina- Pé, 02 de janeiro de 1967

O nome dele era Billy!...Mais ninguém chamava assim, penso ate que só eu sabia. Ele era!...Sempre chamado pelos seus apelidos. E olha que eram muitos; Fofão, baleia, gordão e muitos outros. Ele era da minha idade,Tinha quatro anos e já pesava 38 quilos. A medida que o tempo passava, os anos corriam, mais ele engordava. Era agora um adolescente, com apenas um amigo. Todos o rejeitavam e riam dele. Só uma pessoa o defendia. Estava pesando 90 quilos, comia uma boiada no café no almoço e na janta. O tempo não perdoa e passava. Mais ele engordava. Finalmente chegou a maturidade. Billy estava agora com 198 quilos,mesmo assim!... Nunca nunca conheci uma pessoa, tão feliz com a vida, tão alegre e tão boa gente. Divertido, engraçado e gozador.E o pior contador de piadas que já vi. O tempo passava, Billy engordava mais e mais. Agora não era 198 e sim!...215 quilos de alegria.Dificilmente via ele triste ao contrario de outros na sua situação, que ficavam complexionado, revoltados e querendo desistir da vida. Não o Billy!...Ele era a vida em pessoa. Infelizmente ele pegou um câncer raro e degenerativo,que começou a se espalhar por todo o seu corpo, destruindo seus órgãos e a medida que o tempo passava, ele ia definhando-se emagrecendo.Agora estava pesando; 180 quilos. Tinha uma risada gostosa, nunca parava de sorrir e cantar. Por isso nunca esquecia o de trazer um pedaço de algodão. E nem podia, senão; Ia perder meus tímpanos.

Ele agora estava com 91 quilos.Fazia piadas dizendo que estava ficando bonito. E se continuasse ate Marilyn Monroe, ia querer namorar com ele. Os dias, semanas, meses e anos passavam. 66 quilos seu peso, estava tão seco que só se via os ossos. A cada dia!... Definhava-se mais e mais. Foi definhando-se ate morrer com 39 quilos. Finalmente estava magro. Agora ele não precisava de ninguém, pra lhe defender das risadas dos colegas. Eles pararam de rir a muito tempo, diferente de; Billy!...Quando foi enterrado, todos puderam ver; O seu sorriso, morreu sorrindo.

Gavião Guliver
Enviado por Gavião Guliver em 17/08/2015
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