Terra Sem Lei - volume 1 - O Caçador de Recompensas
Ele chegou exatamente ao meio dia. Suas roupas pretas estavam tão cobertas de poeria que mal podiam ser vistas. Tinha cavalgado por muito tempo e percorrido uma enorme distância.
Foi em direção ao estábulo, e jogou 10 dólares ao garoto que cuidava dos cavalos.
- Quero ele pronto em meia hora. - disse ele - Carregue os cantis com água, pois terei de atravessar pelo deserto.
- Pelo deserto! - assustou-se o garoto - Mas o senhor pode morrer!
- Eu sei, por isso preciso desses cantis cheios. - respondeu acendendo um cigarro - Sabe onde posso encontrar um senhor de nome Tobias Bennet?
- Claro! Ali, no fim da rua, no escritório da ferrovia.
- Meia hora, no mais tardar. - respondeu ele, saindo devagar pela rua fumando seu cigarro.
O homem atravessou a rua observado pelo garoto. No fim da rua ele parou em frente a um escritório. haviam três homens sentados do lado de fora aparentemente tentando afastar o terrível calor que fazia.
- Qual de você é o Mr. Tobias Bennet?
Um homem gordo e suado sorriu hospitaleiro.
- Sou eu forasteiro. Precisa de alguma ajuda?
O homem sacou suas duas pistolas e disparou duas vezes no homem gordo. os outros dois homens tentaram sacar suas armas mas também tiveram o mesmo final de Bennet.
O homem guardou tranquilamente suas armas e voltou caminhando para o estábulo. As pessoas que estavam na rua se escondiam atrás de qualquer coisa para não serem vistas pelo estranho pistoleiro.
- Parado!
Uma voz deteu o pistoleiro. Este se virou devagar levando um cigarro à boca. Era o xerife.
- Só estava fazendo meu trabalho, xerife. O senhor Bennet era um criminoso e fui pago para meter uma bala no seu couro.
- Os outros dois homens eram pessoas honestas, seu assassino.
- Mas cometeram o mesmo erro que o senhor está cometendo agora, xerife. Se colocaram no meu caminho.
- Venha comigo! Você está preso! - disse o xerife.
Nesse momento o menino do estábulo deixou um dos cantis cair e o xerife olhou por um mísero segundo. Tempo suficiente para o pistoleiro sacar e acertar a testa do xerife.
Depois ele caminhou até o corpo morto do xerife arrancou a estrela do peito, e olhou para s pessoas que estava se escondendo na frente do saloon.
- Peguem! - disse jogando a estrela na direção deles - Escolham um xerife mais esperto da próxima vez.
Ele foi para o estábulo, pegou seu cavalo e olhou ara o menino que tinha lágrimas nos olhos.
- O xerife era meu pai, seu assassino. - gritou ele.
O homem deu um belo soco na cara do menino que caiu no chão empoeirado.
- Considere-se com sorte por eu não pegar os dez dólares de volta, seu idiota. E não tente crescer intrometido como seu pai, ou morrerá cedo.
Ele montou e tocou o cavalo velozmente em direção ao deserto e desapareceu.
Dois dias depois, um agente da Pinkerton tentava arrancar informações do pobre garoto.
- Então, ele foi para o deserto, você disse?
- Sim, senhor.
- Então talvez nunca mais o encontremos.
- Muito pelo contrário, senhor.
- O que quer dizer? Ele lhe disse para qual cidade pretendia ir?
- Não. Se vocês vasculharem o deserto por algumas milhas o encontrarão morto.
- Como sabe disso?
- O xerife era meu pai. Eu estava abastecendo os cantis do homem pouco antes de meu pai enfrenta-lo. Quando vi que ele havia matado meu pai, e que eu jamais teria chance de mata-lo com uma arma, envenenei um de seus cantis com o veneno que uso para matar ratos.
- Ora. mas que ótima notícia! Então você matou o terrível Bill Cão Sarnento.
- O famoso?
- Sim. E se encontrarmos o corpo, você até mesmo poderá reclamar a recompensa. Diga-me meu jovem, você já pensou em ser um caçador de recompensas?