PESADELO

PESADELO

São tantos os mistérios da vida que, impossível descrevê-los, melhor resumir todos na seguinte afirmação: "a vida é uma mistério".

Assim começou Pedro a me contar.

Não dormi naquela noite em que pese não ter problemas com dormir. A tal noite foi incrível! De forma agônica passei-a virando de lado a lado em busca de uma posição confortável que me permitisse conciliar o sono.

Não foi possível encontrá-lo por mais que tivesse tentado,por volta das quatro da madrugada levantei-me, olhei se meu filho já havia chegado da noitada e após vê-lo dormindo voltei à cama mas não teve jeito, nada de dormir. Voltei à sala e dei conta de terminar um livro do qual faltavam apenas poucas paginas para ler, ainda estava escuro, via pela janela que a madrugada começara transformar-se em manhã.

Enquanto lia ouvia barulho de objeto caído, inicialmente, depois barulho de toques, era como se alguém estivesse na cozinha de onde partiam os ruídos claramente, foram quatro os episódios. Sabia que não havia ninguém deste mundo na minha cozinha, minha mulher de quem acabara de sair do lado permanecia na cama, assim como meus dois filhos que desta feita passavam o fim de semana conosco, não tive medo nem susto e cá comigo pensei; há algum irmãozinho na minha cozinha querendo se comunicar comigo, os ruídos foram bem claros, como também a localização de onde partiram, aliais, diga-se de passagem não foi a primeira vez que passei por estes momentos, na verdade eles sempre me acontecem com certa frequência entre longos intervalos. Nunca dei a importância devida a tais episódios, mas como desta vez tenho andado procurando explicações para os tais mistérios da vida, imaginei que dá importância especificamente a este caso poderia me levar a testar a legitimidade destas manifestações que para a doutrina espírita são fatos reais que acontecem no mundo invisível, mundo este que a todo momento através de seus meios comunica-se com o lado de cá onde vivemos.

O sono continuou distante e o dia já claro amanheceu radiante. Resolvi adiantar o almoço, que naquele dia foi de minha responsabilidade, consegui adiantar bastante, até que chegou o sono e fui dormir. Ao adormecer me veio um sonho; nele comecei a obra de manutenção que minha cozinha precisa há muito tempo, ao término da obra surgiu uma discussão com o pedreiro na hora do acerto de contas, mas sem uma causa aparente, em dado momento investi contra ele um estilete que portava na mão e que também não sei de onde apareceu e cravei-o n altura da jugular do moço! Ferido ele começou a sangrar profusamente enquanto continuávamos a discutir rispidamente, momento em o notei perdendo a força logo tratou de expulsá-lo através da porta conduzindo em direção a escada, em seguida tranquei a porta e dei inicio a múltiplos diálogos com pessoas de quem não distinguia o rosto. As notícias que me chegavam eram de que a polícia estava no encalço do agressor que, para meu azar era eu mesmo. Foi neste momento que comecei a desesperar com medo de que a polícia de descobrisse e me prendesse. Quando minha tensão atingia o pico o telefone tocou, era meu outro filho que me solicitava que lhe aplicasse uma injeção. Acordei atordoado, mas concordei em atendê-lo. Agora me pergunto se tem almas neste evento!

Por

José Antonio da Silva.

Zeantonio
Enviado por Zeantonio em 08/08/2015
Código do texto: T5339306
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