Uma Rosa para Berlim - Entrega.
Eu acordei por volta do meio dia e almoço assim que termino de fazer a higiene . Faço um prato raso e me alimento. Mais tarde ficamos contando história na sacada. Assim passa o dia e chega a noite.
Muito frio e algum vinho corre por nossas mãos e a clientela chega bem devagar pois, a guerra pode se eapalhar por toda a Europa e há um clima de medo por todos os lados. Eu fico na sacada observando a clientela chegar e percebo alguns homens estranhos rondar o pequeno hotel- bordeu que estamos. Desço e me esquivo dos clientes e vou para a porta. Ao ver um dos homens me olhando muito, um dos homens mal encarados que rondam o hotel me fixa com seus olhos. Me abraço em um dos clientes que entram e desapareço dali.
Então peço desculpa e subo mais que depressa. Enquanto as outras trabalham, eu me tranco no quarto, prevendo algo sinistro que pode acontecer. Passado cerca de 1 hora, batem naporta do quarto e eu abro. Marie que estava batendo.
- Estão te chamando para um programa fora.
- Hoje estou cansada !
- Lamento mas já pagou a noite.
- Noite? - perguntei espantada.
- Já está arrumada, menina !
- Está bem ! - disse eu rindo - fala pra chefia que estou dentro.
Pouco depois eu vou até o carro e uma mão me empurra para dentro do carro , com muita força. Ao entrar vejo o político com muita raiva no rosto. O carro arranca rápido e pouco depois estou em uma casa mediana cercada por guarda- costa. Me empurram para dentro dela e depois para um quarto. Um soco choca no meu maxilar e eu caio tonta.
- Quem te pagou para fazer aquilo ? - perguntou o político nervoso.
- ningém me pagou nada....fui forçada.
- quem te forçou? - insistiu.
- Alguém conhecido como major....só o que sei.
- Não precisa dizer mais nada - disse ele pensativo.
- Estou liberada agora ? - perguntei me levantando.
- Você é muito bonita e daria uma bela esposa se não fosse puta.
- Mas sou puta e dane- se.
- Quer ser minha amante preferida?
- o que eu ganho com isso ?
- Boa vida e você não tenta fugir.
- Vamos negociar ?- perguntei pensando e rindo.
- Qual a proposta ?
- Você quer se vingar do major e eu quero liberdade e das minhas amigas.
- E dai ?
- Se você nos ajudar a fugir, você arruina esse negócio do major e do capitão Rommel e se vinga.
- Até aceito ! - Sorri e toca na minha cabeça - desde que você seja minha até quando eu quiser.
Eu fico pensativa e depois abaixo a cabeça e então falo:
- Se fizer minhas amigas ficarem livres, serei sua.
- preparem suas amigas que vão sair cedinho do Bordeu direto para Viena.
Assim me devolvem ao bordeu e depois reuno todas e coloco o que vai acontecer. Todas ficam alegres e se preparam. Mais tarde , em certa hora antes do amanhecer, chegam uns caminhões militar e todas saem bem rápido. Somos levadas até uma estação de trem e recebem passagem. Uma arma fica na minha cabeça e todas percebem. Entram correndo para nunca mais voltar e Brigida grita antes de entrar.
- Vem, menina.....
- Não posso ! - grito - fiz acordo.
- Você tem que vir.
- Foi a condição para libertar vocês.
- Se entregou para nos ajudar ?
- Sim ! - eu fiquei rindo - não saberia viver fora da Alemanha !
- Você é um anjo !
- Engano seu....- vejo os olhos de Brigida lacrimejar - não se preocupe comigo ! Divirta- se e viva por mim !
- Sabendo que vocês estão bem, estarei bem!
- Como posso lembrar de você ?
- Quando estiver em Viena, e ver um expresso para Berlim, jogue uma rosa nele e diga que é para Berlim.
- Uma Rosa para Berlim !
- Não sei se vou sair viva ou quanto de vida me resta. Por isso, mande- me apenas uma rosa e eu ficarei feliz, mesmo que eu esteja no inferno.
- Nunca me esquecerei de você !
- Se eu não te ver mais, se eu morrer, que lembre que eu as ajudei a fugir.
Brigida chora e uma das garotas a puxa para dentro. O expresso parte e o político abaixa a arma e me conduz para o carro dele. Pouco tempo depois estou em um apartamento e o político està dando ordens para os empregados. Sou levada para o quarto e um empregado gordo se aproxima e fala.
- O doutor Mark me colocou a sua disposição para o que a senhora pedir.
Assim o dia 29 se vai e depois de muito tempo me sinto protegida, mesmo que sabendo estar meio encarcerada. Mas estou me sentindo protegida. Me sinto bem por ter feito alguma coisa por alguém. Então pego no sono.