Uma Rosa para Berlim - Prostíbulo
Passamos bons dias no casebre em pleno descanso e tranquilidade. Nada nos pertubava. O mês de setembro de 38 começa e com ele o frio aperta. Começamos a catar madeira ao redor ,displicentemente. Eu vou um pouco mais longe e chego quase em um vilarejo, quando escuto um grito vindo do casebre. Fico sem saber o que fazer mas, resolvo voltar ràpidamente e às espreitas. É quando já no meio do caminho, escuto barulho e vejo Brigida algemada e sendo escoltada por 8 homens fortemente armados e olhando por todos os lados. Fico estarrecida e então ajo rápido e entro em ação pegando, ingenuamente minha pistola pois, percebo tardiamente que existem outros soldados espalhados pela área. Me seguram e, o grupo com Brigida pára com o barulho que fazem pois, saltam sobre mim e eu tento reagir. Colocam a arma na minha cabeça me imobilizando. Me algemam e me levam para junto de Brigida que começa a chorar desesperadamente implorando.
- Me deixem ir....não represento perigo....- se cala com um tapa no rosto.
- Vadias!- grita um sargento- pensavam que não a encontraríamos?- e um tapa nas costas me joga no chão. Um chute é dado a seguir e Brigida grita.
- Parem com isso!
- Cala essa boca, vagabunda! - grita um soldado que a ameaça com o cabo do fuzil.
- fala mais nada não, Brigida! - disse eu sendo levantada por um soldado.
Então nos levam para uma prisão feminina onde há muitas outras. Somos inspecionadas por médicos e depois retiradas da prisão e levadas para um campo de concentração onde tem trabalhadores escravos que lidam com plantio. Esse campo fica fora da cidade de Berlim e não o conheço. Nele se fabrica calçados, alem do trabalho braçal com hortaliças. Somos levadas para um dormitório e temos que ficar nuas pois , querem dar mais uma verificada em nossa saúde. Após isso, nos colocam junto com outras mulheres que costuram uniformes militar.
Passamos a trabalhar ali junto com elas arrumando as roupas até o final do ano, quando chega o natal. Até aquele momento estávamos vivendo bem e sem nenhum problema, pois as outras detentas se respeitavam e nos respeitava.
Entrou na sala uma das carcereiras e fala rápido.
- O capitão Rommel vai chegar e quer ver todas na sala de presença.
Todas nós fomos imediatamente para uma ampla sala vazia onde está um grupo de soldados extrategicamente posicionados. Nós estamos de uniforme com nossos nomes gravados.
- Então entra um oficial capitão de roupa preta da SS e fica nos olhando uma a uma. Então aponta para uma loira muito bonita de nome Marija e faz sinal para ela se deslocar do grupo. Um soldado a retira dali. Aponta para mais três que não vejo o nome nem tenho intimidades e elas são retiradas. Logo após, aponta para Brigida que se retira e antes olha para mim. Aponta para a morena do meu lado de nome Likke e depois para mim. Ele continua apontando mas nem olho para trás. Chego no pàtio onde estão as outras e fico espantada ao ver Claudia e Cecile em um outro caminhão. Ambas me olham com ar de resignação e sorriem logo depois. Um sorriso amarelo.
O capitão sai com cinco outras garotas.
- Já eram para estar embarcadas. - gritou o capitão indo para seu jipe.
E assim embarcamos e recebemos uma manta cada, com a qual conseguimos nos esquentar. Não vejo para onde vamos mas, menos de uma hora passada, o veículo para e somos retiradas às pressas. Vejo para onde fomos levadas: BORDEU VALKIRYAS. Excelente! Vamos ser objeto de desejo. Por isso a escolha.
Nos colocam em quartos bem modelados e mobiliados. Quarto para 10 garotas com beliches. Por acaso no meu quarto ficam eu, Brigida, Marija, Likke, Claudia, Cecile, uma cigana de nome Tiana, dá para se notar pelo tregeito dela e as peças de metal que usa como adorno, afrontando os SS. Entra uma garota baixinha de uns 18 anos de olhos verdes de nome Marie, depois uma russa de nome Irina. Seus cabelos são ruivos. Por último entra uma alemãzona de cerca de 1,80 m de altura de nome Monika. Após esta, entra um sargento e grita:
- Tomem banho suas porcas! ...depois desçam para tirar ad medidas. Uma a uma...depressa...o banheiro cabe todas....rápido.
Começamos a nos preparar e chega 3 senhoras que tiram as medidas. Não deixa nem sairmos, como dissera o porco do homem. Recebemos uma refeição e depois de escovarmos os dentes, nos leva para um enorme salão parecendo um cassino. Estamos todas ali. Depois passamos pelo almoxarifado, em fila, e cada uma recebe uma bolsa com roupas e outra com objetos de higiene pessoal. Então somos levadas para o salão mais uma vêz e o capitão nos encontra e fica contando com o dedo para ver se estão todas ali. Somos em mais ou menos50 garotas. Eu estou próxima da cigana que agora tem seus penduricálhos arrancados por um sargento bem novo cujo nome de guerra é Lugge. Não é um cara amigável pois, tem até cicatriz no rosto.
Somos levadas de volta e cada uma vai para seu beliche.
É 23 de dezembro de 1938 , ante véspera de natal e parece que nos deixam em paz esta noite.
- A liberdade que deram para nós foi mentirosa- disse Cecile se aproximando e me abraçando - alguns dias depois, quem ficou foi presa e ad menos dotadas tiveram a cabeça raspada.
- Foi horrível - disse Claudia se aproximando - pensei que ia perder minha cabeleira.
- e para onde foram levadas? - perguntei espantada.
- para um prostíbulo para operários da GESTAPO - disse Cecile indo se sentar.
- Eu andei por ai e até estive dentro da SS por causa de família mas me rebelei- aponto para Brigida e faço sinal para se aproximar- Brigida era da SS e se rebelou.
Todas as outras ficam espantadas com nossa procedência. Então todas se apresentam e vamos todas dormir.