Uma Rosa para Berlim - Voltando para Berlim.
Aviões sobrevoam o lugar indo em direção a França. Observo e mudo o rumo para leste. Não sei quanto tempo caminhei mas, peguei um caminhão de um transportador e fui parar em uma cidade próxima. Depois passei um dia em uma pousada e descansei. Contei finalmente o dinheiro que peguei do americano e vi que estava com bastante dinheiro. Passei uns dias, os últimos dias de inverno na pousada de onde via movimento de tropas em direção a França.
Então resolvi seguir para Berlim, ja entra abril e uma temperatura melhor. Embarco em uma locomotiva para Berlim e sento ao lado de 2 moças que comem chocolate americano. Dou uma olhada para o chocolate e engulo com vontade de esperimentá- lo. A moça que o come olha para mim e estende o chocolate em minha direção e fala:
- Quer um pedaço?- estende mais a mão- esperimente, é gostoso.
- Obrigado- balanço a cabeça negativamente - já comi algumas vêzes e realmente é muito gostoso- dou um sorriso - do coração, obrigado!
- tà bom! - disse ela voltando a comer- de onde é?
- De Berlim! - respondi sorrindo.
- Qual o seu nome?- continua ela saboreando o chocolate.
- Nina Schaffer Kohl !
- Claudia ! - se ajeita na cadeira mostrando uma loira magérrima a sua frente - Cecile.
- Prazer em conhecê- las.
Ouve- se uns tiros e a locomotiva vai parando. Ao parar, entram grande quantidade de soldados alemães vasculhando tudo. Chegam até nós e um cabo fixa o olhar em mim. Cecile percebe e olha para Claudia com olhar surpreso.
O cabo puxa de um papel que tem meu retrato e sorri.
- Nina Schaffer em pessoa, heim!
- Não sei quem é ela - falo com segurança.
- É essa aqui- e esfrega o cartaz no meu rosto.
Uns cinco soldados se aproximam e me erguem .
- Calma ai- disse Claudia se levantando. Puxa Cecile com ela- ela não fez nada...
- Fique quieta ai que a coisa é comigo- falo fixando os meus olhos no de Claudia - Não se meta porque a coisa é séria.
- Não acho você tão perigisa assim!
- Venham as duas junto- disse o cabo fazendo sinal para os soldados pegarem as duas. E eles as pegam e nos levam para um vagão que fica 3 vagões de onde estávamos. Então chegamos e fomos colocadas em frente a um tenente que sorriu ao ver Claudia.
- O que está aprontando agora, Claudia?
- Nada! - e o abraça - só acho que estão cometendo um engano.
- Terei o maior prazer em cometer engano se ela me fizer relaxar.
- Como assim devo relaxar você? - pergunto espantada.
- Você não é criança e sabe do que ele está falando !- disse Claudia fazendo sinal para todos sairem.
O tenente me agarra e vai me beijando com toda vontade. Ele é bem bonito e cedo fácil e logo estamos nus e se relacionando sexualmente. Sei que não devo resistir pois isso que está acontecendo comigo não faz mais a menor diferença pois, a vida é dura e eu tenho que sobreviver. Logo após, visto- me e ele também e saimos vendo minhas amigas entrarem quase nuas e gargalhando.
A locomotiva nos deixa em Berlim e o oficial providencia nosso deslocamento até uma pensão que fica encima de um clube.
- Vocês ficam aqui ,agora- disse o oficial rindo - meu nome é Alder- disse ele apertando minha mão e rindo.
Saem a seguir nos deixando sós com uma senhora de meia idade que chega.
- Que lugar é esse? - pergunto já sabendo a resposta.
- Esse é um clube noturno e é aqui que você vai ficar- disse a senhora muito séria.
- Mas eu não quero ficar aqui- protesto.
Claudia sorri e se aproxima de mim tocando meu cabelo e o alisando.
- Você não tem opção!- fala Claudia mantendo o sorriso - Alder sabe quem é você e quanto você vale. Ou fica e se submeta a ele ou ele te entrega para a justiça.
- Mas vocês pareciam amigas.
- Somos! - disse Cecile rindo - só precisamos sobreviver e você também precisa.- mostra as escadas - vamos.
Então as acompanho com a senhora atrás manuseando uma arma. Entramos em um quarto e sentamos as 3 juntas e a senhora fala.
- Aguardo as instruções de Adler e vocês se preparem que a noite será longa.