Uma Rosa para Berlim - Fuga da locomotiva.
Aquele senhor americano se aproxima de mim e cobre parte do meu corpo. Eu estou aérea e não ligo muito pelo que fazem mas,
ouço o senhor de 30, antes de sair,falar ao senhor americano:
- John... espero que saiba o que está fazendo levando esta vadia contigo- e some indo para o outro vagão.
Na minha mente passa tudo e eu me encolho. Há sangue no meio de minhas pernas e eu começo a chorar convulsivamente.
Um tapa faz eu dar um grito de ódio e de pavor.John se abaixa e tapa minha boca gritando:
-Cala a boca!
- Se quer viver - me dá outro tapa- fica quietinha ai.
Balanço a cabeça fazendo sinal positivo.O ódio toma conta de mim.Deito no chão como uma mendiga. Assim fico até o outro
americano chegar com roupas e com 2 rapazes trazendo 2 baldes de água. Não sei onde arranjaram mas, era água mesmo e colocaram
perto de mim.
- Toma um banho e vista-se- e joga um sabão liquido por todo o meu corpo arrancando o que resta de minha roupa. Tomo banho na
frente deles , agora sem nenhum pudor. Um dos homens joga água com uma caneca enquanto me esfrego superficialmente. Após isso,
me enxugo e coloco a roupa. Um deles me dá um pente e penteio meus cabelos. Após isso, John me abraça e me tira do vagão e me
leva com ele até um banheiro.
- Faça o que tiver que fazer.
Entro e faço minhas necessidades e logo depois me visto e tento encontrar uma brecha para fugir. Ele entra rápido e empurra minha
cabeça contra a parede.
-Pensando em fugir, porca imunda?
- Imunda é a tua mãe!- Falo eu tentando reagir.
- Como é?- disse ele apertando os meus braços para trás.
Num movimento rápido me solto e lhe aplico uma joelhada nos orgãos genitais e ele grita. Aplico uma joelhada na boca e ele desmaia.
Noto que ele tem uma faca e uma pistola na cintura. Pego ambas e com a faca não penso duas vezes :castro ele e quando vejo que vai acordar
com a dor,dou uma coronhada nele. Pego todos os seus documentos e dinheiro e guardo. Então saio de fininha e passo por todos os passageiros
e vou para a frente do trem. As pessoas, com ar preocupado, não leva muito em consideração o fato de uma moça passar meio desalinhada por
eles. Chego até uma sala onde tem o pessoal da direção e coloco a arma na cabeça do que parece ser o chefe.
- Sem reagir que eu mato a todos- Aperto o cano da arma contra a nuca dele -Pare essa locomotiva !
-Mas...- Não completa pois, disparo na sua perna direita.
- Pare agora ou começo a atirar na cabeça.
Eles obedecem de pronto e a locomotiva vai parando .Abro a porta e pulo. Grito a seguir.
- Caiam fora!- vejo a locomotiva começar a se movimentar e eu levanto a arma apontando para o vagão e aguardo.
Quando o último vagão passa, justamente o que eu estava,abro fogo acertando um bem na cabeça. O restante se joga no chão.
Não sei o que aconteceu com eles e com o castrado mas, eu desapareço no mato indo para o sul, para qualquer lugar.
Me sinto suja, imunda. Estou usando um vestido bege americano e minha bota. Estou armada e com o dinheiro do americano sujo.
Ganho terreno para chegar em algum lugar que eu possa descansar pois,já é madrugada e, quando amanhecer estarei sendo procurada
por todos : Nazistas e Americanos.