Uma Rosa para Berlim - 3

Ja não sei por onde ando, mas sei que tenho que correr muito e para bem longe.

Ja é tarde e logo vai escurecer. Estou armada e já tenho uma solução: pegar carona a força.

Um carro velho de carga está vindo em minha direção. Faço sinal de carona e ele para. Entro agradecendo.

- Estou indo para o centro comercial de Berlim.

- O que faz uma jovem por estas redondezas? - perguntou o motorista olhando- me.

- Meu pai é oficial e está em operação nas redondezas...- Alguns tiros e o carro freia

fazendo com que eu quase bata com a cabeça no vidro.

- Desçam os dois.- grita um sargento gorducho se aproximando com 4 soldados.

- Não faça nenhum movimento brusco....- lembrou o sargento olhando- me.

- Tudo bem- disse eu descendo devagar. A pistola cai da minha cintura e o sargento salta sobre meu pescoço.

- Sei quem você é e de onde está vindo - me dá um tapa no rosto quase derrubando- me e faz sinal para o motorista sair com o carro dele dali.

- Saia rápido !

- sim senhor !

- Cloloquem ela no veiculo.

Me empurram para dentro do veículo militar e me levam para minha casa, onde minha mãe chorando me espera e, meu pai, me espera com ar de reprovação.

- Minha pequena....- disse minha mãe chorando. E corre para junto de mim, ao mesmo tempo que coloca algo no meu bolso e segura minha mão para não averiguar.

- Não posso fazer nada - Grita meu pai se aproximando - fuja pelos fundos.- sussurra ele nos meus ouvidos - permitiram que você leve sua roupa.

- Seja rapida com isso e...- disse o sargento olhando bem no fundo dos meus olhos.

Parece saber do que se passa pela cabeça dos meus pais - não tente fugir pois, tem homens cercando a casa.

- Não vou colocar a vida de meus.

- Seus pais concordam com nossas decisões- grita o sargento.

Então sou empurrada para o andar de cima por um cabo ladeado por 4 soldados. Me

levam para o quarto e me jogam no chão. Parecem querer algo mais. Um soldado aproveita minha blusa rasgada e rasga o resto. Eu chuto seus orgãos genitais e ele grita. Escuto tiros vindo do andar de baixo e o grito de minha mãe em desespero. 2 soldados saem correndo do quarto e mais tiros. O cabo vem em minha direção e me pega pelos cabelos me erguendo. A pistola está encostada em minha cabeça. Me tira do quarto e me leva para baixo. A visão que tenho é de 5 soldados mortos, o sargento agonizante e meu pai e minha mãe mortos. Os olhos do cabo ficam arregalados e eu grito de pavor, desespero...

- Mãe ! Pai !....

- cala a boca ! - gritou o cabo.

Eu salto encima do corpo de minha mãe e estou em prantos. Depois vou para cima do corpo de meu pai e tento acordá-lo.

- levante, pai....- vou para cima da minha mãe - acorda...

- Levanta , vadia ! - grita o cabo chutando meu corpo.

Reajo com muita violência e saco a arma que estava na mão de meu pai e saio disparando acertadamente.1,2,3,4,5 tiros certeiros e não há mais nenhum soldado vivo na sala. levanto- me rapidamento e pego os carregadores municiados dos militares mortos e me preparo para trocar tiro com os soldados que estão do lado de fora. Atiro

uma vez pela porta. Menos um. Atiro outra vez. Menos outro. Os outros saem correndo e então fico olhando aquele quadro de horror.