Os Irmãos Medeiros

Conta-se que eram dois homens muito bonitos, altos, tens branca, fortes descendentes de portugueses. Entre eles havia uma grande amizade e cumplicidade.

Rapazes altivos, decididos, determinados, faziam parte da guarda nacional e chegaram a altos cargos.

Quando jovens cavalgavam em seus cavalos impetuosos. Namoradores, conquistadores e que procuravam assistir as festas brincantes das pastorinhas e lá algumas vezes roubavam as meninas mais afoitas que dançando e com seus olhares se ofereciam.

Tornaram-se homens dignos e respeitados, servindo ao governo faziam parte da Guarda Nacional e com suas fardas de militares e sabres distinguiam-se. Também cuidavam dos seus muitos negócios particulares como terras, plantações, criações e armazéns.

A quem diga que algumas vezes puniam algumas pessoas que desrespeitavam locais e outras pessoas. Quanto as mulheres da região dos arredores de Camaragibe falavam que era muito difícil não se deixar vencer pelo porte fidalgo, conquistador, impetuoso e culto dos irmãos Arthur e Amando.

Por outro lado a presença dos irmãos inspirava respeito.Eles ocupavam o segundo lugar de privilégio nos bancos da igreja da Vila da Fábrica, onde o primeiro pertencia a família Collier, aos donos da Fábrica.

Arthur e Amando e seu grande amigo Olegário Mariano faziam viagens, para Portugal juntos onde visitavam seus familiares na cidade do Porto. Lá na casa de uma certa prima encontraram escrito na ante sala uma placa aos pés da imagem de Santo Antônio que dizia: meu Santo Antônio, meu Santo Antoniozinho, trata-me de arrumar um marido, pois tu bens sabes que já me encontro criando teia de aranha naquele lugar que tu bens conhece.

Depois dessa viagem os amigos davam boas rizadas ao lembrar do apelo desesperado para encontrar um marido vindo da tal prima.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 15/06/2015
Reeditado em 06/07/2015
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