De Volta à Selva.

A gastrite e a tristeza sempre me capturam todos os dias no mesmo horário, às 17:12hs, e me esbofeteiam como se esbofeteia um ser inanimado! Criaturas covardes! Houve um tempo, divagando delirante, pensei até em adiantar os ponteiros do relógio para pular este instante que me consome feito besta humana que sou!

Queria ser Presidente! Mas não pelo voto do povo, que me seria uma ofensa, e sim por meio de concurso público!

Até lá temos que encher a cara todos os dias e meter os dedos no teclado para que a vida não nos destrua!

Alguém porventura já te disse que preferia aquele você que não era você, mas que no fundo era, ao mesmo tempo que não era?

Será que alguém já bebeu tanta cerveja como eu ou estou menoscabando a classe dos bebedores profissionais de cerveja? Sempre que vejo o Rio Grande penso em todos os copos de cerveja entornados pelos cantos dos campos...

De repente me vi de volta à selva de Rudyard Kipling, tendo de caçar, matar e comer! Até carne queimada! De repente não era mais qualquer gripe que me pegava! Virei animal violento e humano! Foi tudo muito estranho e rápido como os sete a um da Alemanha no Brasil na Copa do Mundo de Futebol de 2014!

Cheguei num ponto da minha vida em que não acredito em mais nada! Talvez seja a melhor fase de minha existência! Não acredito em amigos, amores, iogurtes, deuses, capitalismo, comunismo, filosofias, matemáticas, futebol, notícias, críticas, positivas ou negativas, no que dizem, não acredito praticamente em mais nada além de mim mesmo! Ponto crucial, faca entre os dentes, olhos de tigre, tranquilo e infalível como Bruce Lee!

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 28/05/2015
Código do texto: T5258392
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