Como se fosse um animalzinho
Na semana em que Joana viria para o Estado de São Paulo , ela andava pelas ruas de Salvador com sua filha de apenas 13 anos (Dulce), quando num determinado momento avistou uma menininha sentada na calçada só de calcinha:
A menininha era muiiito magrinha cabelos esvoaçantes e aparentado estar sem pentear a vários dias.A criança tinha uma barriga enorme, embora fosse magra, e tinha também uma pele áspera sob o bracinho.Era uma menininha que sequer podia ser chamada de bonita.
Joana disse para a filha ao ver a menininha:
-Olha que menina....
Nisso uma mulher apareceu na frente da casa e Joana mudou a frase:
-Olha que menina ...bonita!
A suposta mãe, ao ouvir o elogio disse:
-você gostou dela?Quer para você?
-Querer para mim como?Vai me dar ela de papel passado?Posso levar ela embora? Eu estou indo embora da Bahia.
-Olha, se você quiser, vou com você no cartório e a gente registra ela no seu nome.Ela não tem registro mesmo...
Diante daquela situação inusitada.Joana não hesitou.Pegou a menininha no colo e foram ao cartório.Joana adiou a viagem e só saiu da Bahia quando os documentos de Suzana ficaram prontos.
Joana jamais escondeu de Suzana que ela era adotiva, e, em todos os momentos da vida das duas houve muito amor correspondido.
Suzana foi a melhor filha que uma mãe podia ter.