DESENHO NO VIDRO
O início era mudo. Foi quando o mar se fazia de escudo. A verdade é que ele enchia aquela alma com um líquido transparente. Ele seria descoberto por um observador, discretamente. As análises foram feitas e buscou-se saber de onde vinha... saltava como um córrego no morro de epidermes e por uma difusão com elas penetrava até a alma...e ela se enchia e enchia e enchia...gota a gota. Essa gotas dançavam a medida que as faces se moviam, pela direita pela esquerda e elas caíam como aquele aventureiro que se joga em queda livre e respira o verde e transpira o ar. Era imenso e eu podia ver. Eram os olhos a origem do meu ser, era a célula que se multiplicava sem eu saber. Era aquele desenho no vidro, contornado pela alma em vapor. Era o liquido incolor era a dor. A lágrima. O mar do meu ser.