726-TARZAN O FILHO DAS SELVAS- Tarzan-mania= 1o.

De acordo com anotações na última página, esta é a 8ª, leitura que faço desta fabulosa história de aventuras, a melhor saga de ficção que já li até agora.

A primeira vez que li esta ventura foi em 1947, quando frequentava a primeira série do ginásio. Descobri quase que por acaso que havia uma biblioteca no ginásio, de uso exclusivo dos alunos internos.

A “biblioteca” constava de livros de aventuras e ficção, a maioria da Coleção Terramarear, notável série de livros de aventuras dos mais famosos autores. Irmão Germano, era o administrador da biblioteca, isto é, tinha as chaves do armário e controlava os exemplares retirados pelos alunos. Aluno externo não podia retirar.

Apesar disso, consegui com Irmão Germano o acesso à tal biblioteca, somente no período de férias.

— Assim, você não atrapalha os internos nas horas de estudo, e também não prejudica suas lições de casa.

Cobrava-me aluguel: um cruzeiro por livro, por 15 dias. E só podia levar dois livros de cada vez. Assim, eu pegasse dois livros no começo ds férias do mês de julho. Só teria de devolvê-los no final do mês, poupando trabalho ao Irmão Germano de fazer novas locações. Era o que ele pensava.

Nem bem terminei a última prova do 1º. Semestre, e já fui fazer a primeira locação. Aluguei o Tarzan o Filho das Selvas e A Volta de Tarzan. Lí ambos em menos de 10 dias, e quando voltei ao ginásio, para alugar outros,. Irmão Germano não acreditou que eu tivesse lido ambos em tão pouco tempo.

Eram volumes de edições de 1935, brochuras de tamanho 14 x 20 centímetros, com capas de J.C.Campos — mais tarde descobri que as “lindas” capas eram copiadas das edições americanas.

Lí todos os volumes disponíveis na biblioteca do Irmão Germano, nas férias dos quatro anos do curso ginasial. Além de muito outros volumes da Coleção Terramarear.

Em 1955, quando residi por dez meses no Rio de Janeiro, adquiri os volumes da re-edição da Série, de 1956. Eram elegantes volumes menores, brochuras de 12 x 18 centimetros, com capas ilustradas e a costaneira em listras em dois tons de azul.

Em 1962, troquei a coleção em brochuras (18 títulos) por uma coleção encadernada de apenas 13 títulos. Grande idiotice.

O volume que acabei de ler pertence a esta coleção: edição da Editora CODIL- Cia Distribuidora de Livros, ano 1959, cartonado, ilustrado (5 pranchas coloridas de autor não identificado). Tradução de Paulo de Freitas.

Quanto à aventura propriamente dita: há de se mergulhar na narrativa, não levando em conta as considerações antropológicas do autor, Edgar Rice Burroughs, que são algumas preconceituosas, outras superadas cientificamente.

Tarzan, o herói, é insuperável, com uma capacidade de aprendizado fabulosa: aprendeu ler e escrever inglês pelos livros deixados pelo pai na cabana á beira-mar, depois aprendeu francês com D’Arnot e em poucas semanas assimilou costumes dos europeus e americanos! Incrível inteligência, além da força bruta de animal selvagem.

Grande aventura. Não é à toa que nomeei Edgar Rice Burroughs meu Mestre Espiritual, juntamente com quarenta escritores que me inspiram.

Li este volume entre 18 e 25.04.2012. E vou correndo abrir o segundo volume.

ANTONIO GOBBO

Belo Horizonte, 26 de abril de 2012.

Conto(Cronica) # 726 da Série Milistórias

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 24/03/2015
Reeditado em 25/03/2015
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