Briga no trânsito
                                           
 
              Tudo começou numa bela sexta-feira, em plena capital paulista. O Sr. Thiler saiu dirigindo seu carro para levar o seu melhor cliente para almoçar fora da empresa, também tratar de negócios e ficarem mais a vontade.
              Após alguns minutos de percurso o farol fecha obrigando-o a parar o veículo quando, de repente, seu carro recebe uma forte pancada na traseira.
              Um turista, de nome Gabrio, veio com sua família passar um final de semana para conhecer os pontos turísticos de São Paulo. No mesmo dia que houve a colisão ele havia alugado o automóvel.
              Depois da batida os dois saíram de seus carros e começaram a trocar farpas, palavras de baixo calão, ofensas, nenhum respeitou a família e o convidado do outro. A bagunça estava armada o trânsito parou e os curiosos foram aproximando-se.
              O cliente pedia calma ao seu fornecedor e a família turista rogava por paciência ao empresário. Havia uma sensação de pânico no ar quando finalmente, depois de tanta baixaria, a polícia apareceu.
           Os policiais guincharam os carros, liberaram o trânsito e levaram todos os envolvidos para a delegacia. No momento do interrogatório, quando os nomes e sobrenomes dos dois foram apresentados, os mesmo ficaram assustados e começaram a se emocionar.
              Por dentro eles torciam para que não fossem amigos virtuais da Internet, porém o Delegado teve que perguntar onde residiam. Quando o Sr. Gabrio relatou seu endereço, o empresário começou a chorar, pois se tratavam de amigos virtuais da Internet.
              O delegado disse ao turista:
- Você nem bem chegou aqui e já bate o carro e ainda quer brigar, parou o trânsito.
O empresário disse:
- Doutor, a culpa não foi dele, foi minha. Pergunta para o meu cliente, porque eu brequei bruscamente no farol?
O turista falou:
- Não! A culpa foi toda minha, pois não prestei atenção; um queria defender o outro.
          Neste momento, o delegado dispensou as testemunhas que foram ouvidas e o cliente despediu-se de seu fornecedor e da família de turistas.
          Resumindo: tudo ficou esclarecido na delegacia, às seguradoras dos carros foram acionadas e todos foram liberados. Na saída o Sr. Gabrio disse a sua esposa:
- Minha querida, lhe apresento meu amigo da Internet, o Dr. Thiler, que por sua vez apresentou também a esposa e os filhos.
         A esposa e filhos cumprimentaram o empresário e a mulher disse aos dois:
- Seria bom o dois começarem a viver mais o que escrevem um para o outro nas trocas de mensagens, pois a atitude de vocês dois causa vergonha.
              Reflexão:
              Será que é difícil ser virtual, mas se esforçar a ser um pouquinho transparente? De que adianta ser gentil na telinha e na vidinha ser um perverso? Será que faz bem nos enganarmos? Têm muitas pessoas perdendo empregos, clientes, amizades por atos assim.
              Isso foi uma demonstração os nomes são fictícios criados pelo escritor Elias Torres, para que possamos fazer uma reflexão nela.