existiam nove

Sete Catacumbas era o codinome do senhorio do grupo. Um homem forte, atraente e corajoso. Anjo, era o suporte, juntamente com a Senhora Culpa, que lhe dedicou, e vice-versa, valores inversos. Ódio andava ali por perto. Uma loira de olhos azuis, jovem, uma flor.

Cinco vidas foram perdidas na estrada, surgindo através do Ódio, que Ódio colocou pai contra filho, amassou o pão no chão e não soube dar amor a quem oferecera. Vingou-se e venceu. A Culpa que parecia não sentir nada além de tristeza, conseguia passar por cima do cansaço. E cantava para aliviar a dor, sem jamais conseguir sentir ódio.

Sete Catacumbas deu um recado que ninguém ouviu. Depois se perdeu na estrada. Estacionou seu carro e abraçou um caminhão que correspondeu, arrastando Sete Catacumbas por alguns metros. A Culpa percebeu que a culpa não era sua, e procurou o motivo.

Sete Catacumbas, em anos de sofrimento só tinha Deus para buscar. E o buscou, o que fez o mesmo se chamar Amor. Então, o Amor conviveu com a culpa. Então, Anjo previu uma vida e decidiu buscá-la, mesmo que o Ódio tivesse sede de vingança. Lá encontrou as cinco vidas. Chovia, e suas penas ficaram pesadas. Então as jogou fora e comprou uma vodca.

Anjo, Amor e Culpa se uniram. O Ódio quase matou o Amor e ficando

cada vez mais forte. E as cinco vidas, jogadas ao léu... O Anjo tentou

matar o ódio, mas anjos não sabem matar com as mãos. Junto de Culpa o Anjo, o Amor conheceu o Arrependimento. O Amor está vivo como nunca, talvez por tentar desistir e aprender a meditar nas noites e nos dias que não consegue viver.

Pernas mecânicas, terapias, internações e cirurgias, médicos e

terapeutas, dúzias de cápsulas, querer e não poder andar. Existem os

pequenos erros que podem ser consertados mas existem flertes fatais, dos quais, não há saída, a não ser viver e aceitar, mas não é qualquer um que aceita.

Estivera tudo cinza e confuso. Por que alguém abraçaria um caminhão? A culpa do Sete Catacumbas foi capaz de deixá-lo triste? Ou seus amigos não lhe deram bola? Faltaram ideias? Ou o álcool estava por perto? Faltou um baseado? O que fez o Sete Catacumbas se tornar o Amor?

O Ódio se escondeu na boca do inferno para recuperar a virilidade. Ou

talvez tenha, agora, pena do Amor. Porém, o Ódio apenas dorme. Ele

sempre volta em qualquer vivência. Felicidade não é para ninguém.

E o Anjo?

Anjos não matam com as mãos...

Gianne Lorena
Enviado por Gianne Lorena em 13/02/2015
Reeditado em 15/02/2015
Código do texto: T5136194
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