Bomba, bambo?
Trindade sentia-se um cara normal, sem vícios ou virtudes em excesso. Reconhecia-se pouco dotado em matéria de genitália, mas nada que o impedisse de superar uma ou outra falha. Namorou muita moça e, quando julgou a hora certa, casou-se com Berta, bonita, carinhosa - e isberta!
Ia indo bem o relacionamento do casal até que Berta começou a engordar - sinal de que a felicidade estava por chegar. Só que a fortuna, dessa vez, não quis com eles cooperar: era uma falsa gravidez, coisa que segundo os médicos acontece de quando em vez.
O chato para Trindade foi a chateação dos amigos, colegas e até desconhecidos: passaram a caçoar dele, chamando-o de Zé Bombinha. Ele, moço direito e religioso aguentou aquilo como pode, ora reclamando, ora ignorando, ora chorando, ora orando, e a vida ia andando.
Até que um belo dia, justamente depois de sua saída da igreja, onde havia se confessado, o padre escuta forte estampido, sinal de tiro bem dado. Ao correr ao adro pra ver o que havia sucedido, o vigário flagrou um Trindade exaltado, mas vingado:
-Sô Padre, fui eu. Aguentei tudo quanto foi humilhação, mas ser chamado para encher pneu de bicicleta, esse danado, eu tive que tirar ele da reta!