O serrote trassadeira
Quando vejo uma pilha de madeira recem serrada e as serragens alí no chão, sinto o cheiro do mato, qual lembra minha infância na roça.
O personagem principal dessa estória, era meu avô paterno, que tinha uma extensa Fazenda, chamada Serra dos Correia, entre os municípios de Pires do Rio e Santa Cruz de Goiás.
Na sede da Fazenda, havia um casarão e também havia dois retiros, com casinhas para empregados da Fazenda. Na propriedade, se produzia de tudo, da tábua de madeira, ao açúcar de cana. Na sede havia um grande engenho de ferro, onde se moia cana, com um batente puxado por cavalo. Na casa de engenho, produzia-se: açucar, melado, moça branca e rapaduras. Na Fazenda, plantava-se Arroz, Feijão, mandioca e outros alimentos. Meu avô, só comprava o Sal para comida e o querosene para a lamparina.
Para a demanda na Fazenda, além dos tiradores de Leite, nos retiros, meu avô ainda contratava homens para roçagem de pasto, com foice e derrubada de madeiras para extração de tábuas, mancos e palanques, oriundas de madeiras nobres, como: angico, vinháticos, aroeiras, garapas, joão farinha, cangerana, ipês, sucupiras e outras.
Quando precisava de madeira serrada, para construir ou reformar curral e galpões, punha dois homens no mato, com um Serrote Trassadeira e ficavam alí, dias, derrubando árvores e serrando. Fui várias vezes com meu pai e meu avô, ver o serviço. Na época, por volta de 1970, eu contava com 10 anos de idade.
Eu achava interessante, um de um lado e outro de outro, puxando aquela enorme serra. fazendo: Rak, rak, rak, rak... A serragem fazendo volume no chão e aquele monte de tábuas prontas. Eu sentia um cheiro gostoso de madeira madura, serrada. Mas, a gente tinha que ter muito cuidado, com a queda das árvores, alí naquele local de trabalho.
Meu avô, inclusive, ficou aleijado de uma perna, numa derrubada de árvores, por volta de 1920, no município de Lavras, no estado de Minas Gerais. Ele contava, que engessaram sua perna, com Bambu, e curou-se, com uma planta natural, chamada, arnica.
Ele contava que, ao mudar-se para o Estado de Goiás, comprou a Fazenda Serra dos Correias, que ficava num vale. Na época, ele tinha seis filhos do primeiro casamento.
Meu avô preferiu estabelecer-se alí no vale, entre várias serras, várias nascentes de água. O motivo é que, algumas famílias estabeleceram-se em Fazendas, à beira do Rio Corumbá e perderam alguns filhos, para a doença malária.
Ele, criou seus filhos alí na Fazenda, sozinho, pois era viúvo. Cada filho recebeu seu pedaço de terra, herança da mãe e foram cuidar de sua terra.
Nesse tempo, meu avô conheceu uma mulher, a minha avó, que também era viúva, vinda de uma estória triste.
Vejamos: Por volta de 1921, seu marido e alguns amigos estavam numa caçada de bichos do mato, quando foi atirado e morto, pois foi confundido com um bicho, quando fazia necessidades, atrás de uma moita de mato.
A viúva se tornou minha avó, pois casou-se com meu avô e teve meu pai e duas irmãs. Com o tempo e a velhice, meu avô mudou-se para a cidade de Pires do Rio. Meu pai, ficou cuidando da Fazenda. Minha avó, ficou doente e faleceu. Meu avô também, logo faleceu em 1982, com mais de 90 anos de idade. Saudades desse tempo, que não volta mais.
Quando vejo uma pilha de madeira recem serrada e as serragens alí no chão, sinto o cheiro do mato, qual lembra minha infância na roça.
O personagem principal dessa estória, era meu avô paterno, que tinha uma extensa Fazenda, chamada Serra dos Correia, entre os municípios de Pires do Rio e Santa Cruz de Goiás.
Na sede da Fazenda, havia um casarão e também havia dois retiros, com casinhas para empregados da Fazenda. Na propriedade, se produzia de tudo, da tábua de madeira, ao açúcar de cana. Na sede havia um grande engenho de ferro, onde se moia cana, com um batente puxado por cavalo. Na casa de engenho, produzia-se: açucar, melado, moça branca e rapaduras. Na Fazenda, plantava-se Arroz, Feijão, mandioca e outros alimentos. Meu avô, só comprava o Sal para comida e o querosene para a lamparina.
Para a demanda na Fazenda, além dos tiradores de Leite, nos retiros, meu avô ainda contratava homens para roçagem de pasto, com foice e derrubada de madeiras para extração de tábuas, mancos e palanques, oriundas de madeiras nobres, como: angico, vinháticos, aroeiras, garapas, joão farinha, cangerana, ipês, sucupiras e outras.
Quando precisava de madeira serrada, para construir ou reformar curral e galpões, punha dois homens no mato, com um Serrote Trassadeira e ficavam alí, dias, derrubando árvores e serrando. Fui várias vezes com meu pai e meu avô, ver o serviço. Na época, por volta de 1970, eu contava com 10 anos de idade.
Eu achava interessante, um de um lado e outro de outro, puxando aquela enorme serra. fazendo: Rak, rak, rak, rak... A serragem fazendo volume no chão e aquele monte de tábuas prontas. Eu sentia um cheiro gostoso de madeira madura, serrada. Mas, a gente tinha que ter muito cuidado, com a queda das árvores, alí naquele local de trabalho.
Meu avô, inclusive, ficou aleijado de uma perna, numa derrubada de árvores, por volta de 1920, no município de Lavras, no estado de Minas Gerais. Ele contava, que engessaram sua perna, com Bambu, e curou-se, com uma planta natural, chamada, arnica.
Ele contava que, ao mudar-se para o Estado de Goiás, comprou a Fazenda Serra dos Correias, que ficava num vale. Na época, ele tinha seis filhos do primeiro casamento.
Meu avô preferiu estabelecer-se alí no vale, entre várias serras, várias nascentes de água. O motivo é que, algumas famílias estabeleceram-se em Fazendas, à beira do Rio Corumbá e perderam alguns filhos, para a doença malária.
Ele, criou seus filhos alí na Fazenda, sozinho, pois era viúvo. Cada filho recebeu seu pedaço de terra, herança da mãe e foram cuidar de sua terra.
Nesse tempo, meu avô conheceu uma mulher, a minha avó, que também era viúva, vinda de uma estória triste.
Vejamos: Por volta de 1921, seu marido e alguns amigos estavam numa caçada de bichos do mato, quando foi atirado e morto, pois foi confundido com um bicho, quando fazia necessidades, atrás de uma moita de mato.
A viúva se tornou minha avó, pois casou-se com meu avô e teve meu pai e duas irmãs. Com o tempo e a velhice, meu avô mudou-se para a cidade de Pires do Rio. Meu pai, ficou cuidando da Fazenda. Minha avó, ficou doente e faleceu. Meu avô também, logo faleceu em 1982, com mais de 90 anos de idade. Saudades desse tempo, que não volta mais.