Treis amor

E foi assim que um circunstante, por mim desconhecido, pediu ao violeiro Júlio para executar aquela musiquinha, que já havia ouvido outras vezes. E o Júlio, feito o Iglesias, não se fez de rogado. Soltou os seus belos trinados, aos acordes bem cadenciados.

Ouvi e me comovi. A canção tinha sido feita pra mim. Ou por causa de mim, mas nada disse ao Júlio, que botara a melodia na composição de Elzinha. Ou totalmente, me engano eu, ignorando a possibilidade dum outro Romeu que me sucedeu?

E o nome da rosa, a seguir, Júlio me esclareceu: era Amor a três. E só um pedacinho, transcrevo procês, pois agora, é morta Inez:

Toca aí, Júlio:

"Um dia eu vim correndo, pensando em te encontrar, mas que raiva, que inútil vida você lá não estar, seria amor a três, nós, e o mar!..."

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 02/12/2014
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