À última vista
Com todas as memórias que nossos corpos nos desfez
Em todas as palavras que o nosso silêncio se fez
Entorpecidas de emoções sem nome, nascidas ali
Da vivacidade de nossas vidas pela metade
Do intrometer-se do vento, da luz, do céu e do mundo, no nosso momento
Da audácia da música ecoar
no convite do nosso velório a céu aberto
Da descompostura do povo
O desmontar o cavalheiro
O desamontoar do cavaleiro
Da viuvez de um sonho utópico
Da nostalgia do presente, tão próximo
e fincado no esterno
Da visão infante dos dois perceberes:
O soslaio do inimigo
A rigidez do rival
A permanência de todo
O mundo
Todo
Inventado
em torno
do sentir calado
A finita marca vincada no rosto, que sem riso não podia existir -
Mentira sem do: quem não tinha admirador que morria
Da posição austera e reticente
Da firmeza, dura e convincente
Do
— Eu te amo...
(em segredo.)
Suspirou ao pensar:
Sinto tanto sua falta...
Tenho tanto medo
- sussurrou com seu olhar
— Felicidades!
Na falsidade exagerada
Escondida
na negação dos compatriotas
Da venda ajeitada e soldada
aos Cegos do mundo
Do profano, do expurgo
Vendemos
a mentira que até nós quisemos
negociar a ter!
— Felicidades...
— Que bom revê-la!
Te roubo um sorriso escondido
E o vinco se mostra
Já vejo a resposta
do seu coração
E a minha entrego
na confissão desse pecado
Nas linhas manchadas
do nosso
— Passado