ASSALTO EM CIPOAL

ASSALTO EM CIPOAL

Cipoal era uma cidade pequena e tranqüila, típica cidade do interior onde uma hora vale por duas de parada que é, e assim ninguém espera que coisas de cidade grande aconteçam naquele lugar parado no meio de coisa nenhuma e a comunidade desfrutava sossegada da abençoada paz que lá reinava, mas mesmo naquele cafundó onde o Judas perdeu as botas, as coisas mudam.

Durante muitos anos a cidade não tinha serviço bancário e as pessoas tratavam de seus poucos negócios na cidade de Roseiral que ficava mais ou menos perto, mas um lavrador descobriu por acaso uma mina de bauxita em suas terras e com a extração e comercialização do minério, um banco resolveu abrir uma agencia lá e o povo adorou a novidade.

Com o banco na cidade, ninguém precisava ir até Roseiral para tratar de seus assuntos e foi uma alegria só; os anos passavam, a cidade cresceu um pouco, mas só no espaço físico, porque a sonolência continuava a mesma, mas de repente Cipoal acordou no tranco, porque pela primeira vez uma quadrilha perigosa atacou na pacata cidade e deu prejuízo.

Era um domingo e as ruas da cidade estavam desertas, mas o caixa eletrônico do banco estava funcionando e dona Marieta foi até lá para retirar um pouco de dinheiro, colocou seu cartão na maquina e o cartão agarrou e não saia de jeito nenhum, mas um senhor que estava no recinto veio ajudar e aconselhou a mulher a telefonar para o banco.

Ela ligou e foi aconselhada a informar seu cpf e sua senha, porque iriam bloquear sua conta até resolver o problema, ela assim fez e voltou para sua casa; no dia seguinte voltou ao banco e já encontrou a policia lá, porque tinha acontecido a mesma coisa com outras pessoas e ela tomou um susto, porque cinco mil reais sumiram de sua conta, ela chorou muito.

Mesmo quando soube que o banco ia repor o dinheiro, porque o roubo aconteceu dentro da agencia, ela não conseguia parar de chorar de nervosismo, mas os comentários na cidade corriam soltos, porque pensavam que só na cidade grande coisas assim aconteciam; Marieta encerrou o assunto assim: Sabe gente, praga não rogo, mas bom fim não há de ter.

Maria Aparecida Felicori {Vó Fia}

Nepomuceno Minas Gerais Brasil

Vó Fia
Enviado por Vó Fia em 01/10/2014
Código do texto: T4983554
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