Serenata Desigual, (2)

onde as lamparinas acesas tremulavam numa claridade irregular, As pessoas se acercavam do imenso fogão de lenha procurando se aquecer, nas labaredas provenientes do fogo alto.

O pai na rede embalava de leve o filho, assobiando uma canção num encanto todo seu. Os punhos da rede chiavam ao compasso do balanço, talvez reclamando do grande peso, prá...lá, prá...cá; e esses sons incorporavam a serenata de todos os insetos, todos os bichos numa mistura desigual. Sapos, rãs, pererecas, cigarras, grilos, se uniam ao canto da sariema lá no vale da vertente ,que se despedia daquela tarde, onde o tédio predominava,mas havia o encanto na simplicidade da Serenata Desigual.

( Fazenda da Limeira)

Flor da Aurora
Enviado por Flor da Aurora em 28/09/2014
Código do texto: T4979377
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.