Serenata Desigual, (2)
onde as lamparinas acesas tremulavam numa claridade irregular, As pessoas se acercavam do imenso fogão de lenha procurando se aquecer, nas labaredas provenientes do fogo alto.
O pai na rede embalava de leve o filho, assobiando uma canção num encanto todo seu. Os punhos da rede chiavam ao compasso do balanço, talvez reclamando do grande peso, prá...lá, prá...cá; e esses sons incorporavam a serenata de todos os insetos, todos os bichos numa mistura desigual. Sapos, rãs, pererecas, cigarras, grilos, se uniam ao canto da sariema lá no vale da vertente ,que se despedia daquela tarde, onde o tédio predominava,mas havia o encanto na simplicidade da Serenata Desigual.
( Fazenda da Limeira)