"A CACA DA VELHA CAP: 07"
Quando a coisa ia para os finalmente, ouvimos a voz da mamãezinha... notem o carinho “mamãezinha” - meninos, a janta está pronta, vamos jantar daqui a pouco é hora de dormir, a minha amada respondeu: (nóis já vai mamãe). Tirou a minha mão do lugar onde ela tinha colocado, rindo desamassou o vestido e combinou de nos encontrarmos e sair depois que o pessoal dormisse. Eu concordava com tudo, embriagado de tanta felicidade se ela dissesse para eu pular de cabeça de cima do alpendre eu pulava e garanto que não sentiria dor de cabeça.
Disse para ela ir à frente e depois de trocarmos mais meia dúzia de beijos estalados, ela se foi e eu fui para o terreiro em direção aos fundos da casa, naquela hora já muito escura, mas dando para enxergar devido à claridade das luzes de dentro da casa. Engraçado como não esquecemos o que não presta, me lembro de ter levado a mão ao nariz e cheirado, nossa mãe, que coisa mais cheirosa! Repeti o gesto de levar a mão ao nariz pelo menos umas cinco vezes até me decidir a lavar as mãos com sabão preto, mas com uma dó de perder aquele cheirinho. Após a boa mijáda, voltei a casa onde o pessoal já estavam jantando, alguns sentados à mesa e outro nos bancos sem encosto, comuns nas roças. Ainda havia lugar à mesa e bem do lado da tanajurinha, parece até que as pessoas deixaram de propósito, hoje eu fico pensando que realmente havia um complô para pegarem o trovadorzinho para o... “até que enfim peguei o besta para tratar de mim,” mas para um trovador em inicio de carreira, donzelo bobo que nem paca, aquilo era uma festa no céu e eu o convidado principal, estava até percebendo, mas...” Ô trem bão sô’.
A bondosa senhora disse que era para servir-me a vontade, pois tinha muita comida, entendi que tinha que me servir das panelas em cima do fogão de lenha e com a comida fervendo. Dei uma olhada nas panelas, para mineiro, um banquete, uma panela grande com quiabo e lingüiça de porco e uma outra tinha costela de porco frita e numa outra, carne de galinha frita com aquele caldo que dá vontade beber de tão gostoso que é, arroz feijão, polenta, para quem é rico, para pobre é angu, couve picada e refogada. Enchi o prato, fiz uma boa serra e equilibrando numa mão enquanto a outra segurava o garfo, único talher necessário para derrubar a serra e sentei-me. Foi um jantar para nunca mais ser esquecido, ainda repeti, para que a dona não pensasse que não tinha gostado da comida, alias todos repetiram mais de uma vez, a mamãe sogra acho que repetiu umas quatro vezes, é... cento e quarenta quilos é um barrigão que cabe muita coisa. Terminado o rega bofe, depois de tomar uma boa caneca de limonada não esquecendo de dar aquela bochechada para limpar os dentes.
Fui de novo para o alpendre acendi um cigarro e após duas tragadas, olha quem chegou? Claro, minha cocotinha. Sei não... acho que era galinha mesmo! Bem o que importa é que ela estava lá, e já foi logo se pendurando no meu pescoço, como se fosse a minha esposa, e pegou meu cigarro e deu uma tragada, depois tossiu e disse, - (é forte, cê querdita que’u já pelejei pra prendê fumá e num consigui,) e eu todo meloso, - não faça isto, depois para deixar o vício é muito difícil e para mulher não fica bem, - (ara que isso, as atriz tudo fuma e os homi acha bunito, mais ocê pode ficá sussegado queu num vô aprendê não viu benhê,) eu disse - é para seu próprio bem, “cigarro, só faz mal para a saúde”.
Apesar dos beijinhos que ela me dava, nós perdemos muito tempo conversando, sua mãe... uê não é mais mamãe? não, eu estava desconfiando de alguma coisa, tinha um anjinho me cutucando e dizia: - saí fora que é fria, do outro lado o capetinha cutucava sussurrando: - vai firme garotão, esta é sua chance de perder esta porcaria de virgindade! No meio, "eu" e estava mesmo com vontade era de obedecer ao grande amigo capetinha, afinal o que anjo entende de mulher? Capeta sim, sabe tudo! E trovador idiota não sabe é nada.
Sua mãe chamou – Selma, dê boa noite para o moço e vamos dormir. A bundinha de tanajura resolveu que era melhor ir e mais tarde nos encontraríamos, e aí sim a jiripóca ia comer solta e adeus cabaço de trovador.
CONT:
Disse para ela ir à frente e depois de trocarmos mais meia dúzia de beijos estalados, ela se foi e eu fui para o terreiro em direção aos fundos da casa, naquela hora já muito escura, mas dando para enxergar devido à claridade das luzes de dentro da casa. Engraçado como não esquecemos o que não presta, me lembro de ter levado a mão ao nariz e cheirado, nossa mãe, que coisa mais cheirosa! Repeti o gesto de levar a mão ao nariz pelo menos umas cinco vezes até me decidir a lavar as mãos com sabão preto, mas com uma dó de perder aquele cheirinho. Após a boa mijáda, voltei a casa onde o pessoal já estavam jantando, alguns sentados à mesa e outro nos bancos sem encosto, comuns nas roças. Ainda havia lugar à mesa e bem do lado da tanajurinha, parece até que as pessoas deixaram de propósito, hoje eu fico pensando que realmente havia um complô para pegarem o trovadorzinho para o... “até que enfim peguei o besta para tratar de mim,” mas para um trovador em inicio de carreira, donzelo bobo que nem paca, aquilo era uma festa no céu e eu o convidado principal, estava até percebendo, mas...” Ô trem bão sô’.
A bondosa senhora disse que era para servir-me a vontade, pois tinha muita comida, entendi que tinha que me servir das panelas em cima do fogão de lenha e com a comida fervendo. Dei uma olhada nas panelas, para mineiro, um banquete, uma panela grande com quiabo e lingüiça de porco e uma outra tinha costela de porco frita e numa outra, carne de galinha frita com aquele caldo que dá vontade beber de tão gostoso que é, arroz feijão, polenta, para quem é rico, para pobre é angu, couve picada e refogada. Enchi o prato, fiz uma boa serra e equilibrando numa mão enquanto a outra segurava o garfo, único talher necessário para derrubar a serra e sentei-me. Foi um jantar para nunca mais ser esquecido, ainda repeti, para que a dona não pensasse que não tinha gostado da comida, alias todos repetiram mais de uma vez, a mamãe sogra acho que repetiu umas quatro vezes, é... cento e quarenta quilos é um barrigão que cabe muita coisa. Terminado o rega bofe, depois de tomar uma boa caneca de limonada não esquecendo de dar aquela bochechada para limpar os dentes.
Fui de novo para o alpendre acendi um cigarro e após duas tragadas, olha quem chegou? Claro, minha cocotinha. Sei não... acho que era galinha mesmo! Bem o que importa é que ela estava lá, e já foi logo se pendurando no meu pescoço, como se fosse a minha esposa, e pegou meu cigarro e deu uma tragada, depois tossiu e disse, - (é forte, cê querdita que’u já pelejei pra prendê fumá e num consigui,) e eu todo meloso, - não faça isto, depois para deixar o vício é muito difícil e para mulher não fica bem, - (ara que isso, as atriz tudo fuma e os homi acha bunito, mais ocê pode ficá sussegado queu num vô aprendê não viu benhê,) eu disse - é para seu próprio bem, “cigarro, só faz mal para a saúde”.
Apesar dos beijinhos que ela me dava, nós perdemos muito tempo conversando, sua mãe... uê não é mais mamãe? não, eu estava desconfiando de alguma coisa, tinha um anjinho me cutucando e dizia: - saí fora que é fria, do outro lado o capetinha cutucava sussurrando: - vai firme garotão, esta é sua chance de perder esta porcaria de virgindade! No meio, "eu" e estava mesmo com vontade era de obedecer ao grande amigo capetinha, afinal o que anjo entende de mulher? Capeta sim, sabe tudo! E trovador idiota não sabe é nada.
Sua mãe chamou – Selma, dê boa noite para o moço e vamos dormir. A bundinha de tanajura resolveu que era melhor ir e mais tarde nos encontraríamos, e aí sim a jiripóca ia comer solta e adeus cabaço de trovador.
CONT: