MEMÓRIAS DE UM BANCO DE IGREJA

Era uma ensolarado, em um dos meses do ano que menos chovia. Ele sentou-se chorando no banco duro, tendo apenas a penumbra por companhia. Cochichava baixinho, como se não quisesse ser ouvido. mas nada havia além de duas duas de bancos de madeira velha, numa casinha toda feita de tábuas aproveitadas. Ele se sentia derrotado cada vez que lembrava de sua situação. entre pensamentos de perversos e planos diabólicos, intercedia a si mesmo, num frenesi que dava medo até aos mais corajosos sacerdotes. Então, ele olhou à parede, com se fosse o horizonte, sentou-se seguro, encostando as costas junto à tábua dura e fria... E ali mesmo decidiu que seria uma pessoa importante. o que tinha de errado nisto? Aparentemente nada! Se não fosse que aquele momento nascia o mais terrível dos religiosos, tendo apenas um banco de madeira por testemunha.

(introdução de contos fictícios sobre questões envolvendo religião, poder e status).

Beto Lisboa
Enviado por Beto Lisboa em 12/08/2014
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