Aprendendo a pensar positivo:
Olhar a vida por outras perspectivas e alternativas

 
 
Ele aprendera desde cedo que a vida não seria fácil. Apesar da influência de seus parentes estar arraigada em seus conceitos, tudo que ele conseguiu até hoje foi com o suor de seu trabalho. Por mais que tentasse viver na simplicidade e confiando que o amanhã será melhor do que o hoje, às vezes alguma coisa ruim acontecia e aquele estado de pessimismo voltava a rondá-lo. Com isso, ele se fechou para o mundo e ficou pensado que isso deveria ter alguma explicação plausível como nos livros que lera. Como algo que diz: apesar de tudo a vida segue seu curso e diante das dificuldades há sempre algo bom a ser aprendido.

Ele gostava de ler e tinha uma biblioteca particular com muitos livros de autoajuda de vários autores famosos. Todos comprados e lidos durante sua breve existência. Esses livros faziam com que ele se sentisse um pouco melhor, mas não eram capazes de tirar todas as dúvidas. Certo dia ele parou em frente a uma livraria e ficou olhando os novos lançamentos. Devorou com os olhos os mais variados temas, muitas possibilidades de leitura edificante, mas um chamou a sua atenção. Foi quando um vendedor se aproximou e falou, dando maiores detalhes, dizendo que o livro continuava em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do “The New York Times”. Esse livro vem com um CD onde o autor instrui o leitor a descobrir seu potencial interior através da meditação. Ele pensou, verificou e acabou comprando o livro numa tentativa de que o ajudaria a tomar consciência de que o pensamento e as emoções podem influenciar no modo como os seres humanos vivem e quem sabe, mudar a sua vida também.

Chegando à casa e depois de uma breve leitura ele ouviu o CD e se preparou para a tal meditação. Porém, o autor do livro menciona como algo simples e fácil de fazer. E as instruções eram: uma cadeira ou posição confortável, regular a respiração, a meditação, limpar a mente dos pensamentos e o principal... o encontro com Deus no silêncio. Diante o desapontamento e do desconcertante modo de que não conseguia fazer o que o autor do livro pedia, então ele começou a questionar o quão complicado é acalmar e esvaziar a mente quando ela está acelerada e pensando em milhões de coisas e o que é pior... como silenciar se lá fora o mundo não para? Pois há gritaria, som alto, barulho de carro na rua entre outras coisas que podem simplesmente tirar a concentração.


Ele tentou outras maneiras de fazer a meditação como a ioga, mentalizou alguns mantras, mas não conseguia silenciar a mente. Isso era algo complicado e que exigiria tempo e paciência para aprender. Mas como ele tinha um propósito de aprender, então comprou outros livros de autores variados e começou a ler. Um deles surgeria que ele pensasse num rio como imagem, mas sem apreciar. No início foi complicado, mas aprendeu a imaginar o rio. Então ele foi mais além e sentiu que poderia ser aquela água limpa e transparente. Quando estava começando a se acostumar com aquilo, bem... ele coneçou a ouvir a correnteza de questionamentos perturbando, sentiu que o caminho sinuoso que levava às rochas atrapalhavam sua concentração e a chuva transformava toda paisagem em um lugar de dúvidas e incertezas com muitas perguntas e sem respostas.

Então o que fazer para meditar? Porque na visão dos autores isso parecia tão fácil! Foi quando ele notou que simplesmente silenciar a mente era algo impossível. Pois a pessoa não para simplesmente de pensar, não dá para desacelerar, nem mudar a frequência. Foi aí que ele percebeu que estava lidando com um problema que não conseguia resolver e ainda por cima tinha adquirido ansiedade. É, ansiedade por não conseguir meditar. Isso era só um pretexto, pois ele já trazia consigo essa ansiedade e não sabia. Agora ele tem mais um problema para resolver. A ansiedade consome a pessoa sem que ela perceba. Foi quando ele se deu conta de que a vida era como um caminho que ia se estreitando e quanto mais estreito, menor é o número de possibilidade, atalhos e saídas. E em consequência o pensamento percorria um labirinto com várias portas que davam sempre nos mesmos lugares.

Diante desse impasse, ele verificou que era hora de avaliar sua vida, fazer uma autoanálise, derrubar alguns conceitos e reformular outros. Apesar da dificuldade ele começou por quebrar algumas crenças de que aprendera no passado com seus familiares. Abriu a mente para novas possibilidades e informações sobre como o universo é regido ou quem está no comando. Começou a ler, participar de congressos, debater com pessoas do ramo e principalmente com pessoas que acreditavam e tinham fé. Essa pequena mudança o fez sentir que estava no caminho certo, pois foram tantos momentos de angústia e previsões erradas que resultaram em nada. Ao olhar para tudo isso, todo tempo que perdera, todo esforço jogado fora, então vem à vida e te ensina de uma maneira bem mais fácil que tudo está ao nosso alcance, basta que a gente acredite.

Sem resistir ele parou e começou a orar. Cada palavra fluia de dentro dele como um verdadeiro mantra. Essas palavras ditas em forma de oração deixou-o mais calmo. Foi quando o milagre aconteceu! E sem avisar, a sua mente foi diminuindo o ritmo e uma sensação de paz tomou conta de seu ser. Enfim, ele relaxou e aos poucos adormeceu com a esperança de que havia curado o seu ser.

No dia seguinte ao acordar, pegou seu caderno de anotações e registrou:
- Lembrar de rezar mais vezes, pois existe um Deus e encontrei-o dentro de mim.

 
Alê Ferreira
Enviado por Alê Ferreira em 05/06/2014
Reeditado em 28/06/2014
Código do texto: T4833961
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