210 - CRÔNICA DE ARTHUR

Completaria hoje 66 anos se estivesse ainda vivo fosse, nascido que foi em 28 de fevereiro de 1937. Foi o segundo filho de Pedro Gobbo e Maria Muschioni Gobbo, filho caçula, meu irmão mais moço.

Paraisense, viveu alguns anos de sua infância em Guaranésia, entre 1938 e 1940, quando papai manteve uma venda naquela cidade. Na ocasião, Zé Pina foi morar conosco e costumava levar Arthur e eu para passeios nas proximidades da casa em que morávamos.Para tanto, tinha um carrinho feito de caixote de latas de querosene, com varais. A estrada que passava defronte à casa e à venda era empoeirada e nos dias ensolarados devia ser bem desconfortável para nós dois, garotos de três e quatro anos, metidos naquela carruagem tosca e apertada.

Dos estudos e dos livros teve ojeriza desde bem cedo. No grupo escolar não levava a sério nada, nem mesmo as colagens das palavras e figurinhas do sistema de alfabetização da LILI: mamãe é quem acabava cortando e colando tudo nas respectivas cartelas, à última hora, quando já ele já estava trocado, de saída para a aula. Nunca gostou de ler. Seu pouco aproveitamento no grupo escolar levou mamãe a procurar uma escola particular, a fim de evitar que Arthur tomasse uma bomba no segundo ano primário. Freqüentou, então, a escola da professora Nair de Belo, na Mocoquinha. Escola paga com dinheiro de mamãe, que fazia toalhinhas de crochê para suas clientes e tinha uma pequena renda própria. Se fosse por conta de papai, o garoto (bem desenvolvido, até) ia mesmo era aprender ofício.

Arthur e eu vivíamos às turras. Como ele era mais forte, eu cedia ou fugia. Um episódio que bem ilustra nossas divergências está narrada no conto “Jogo de Finca”. E para aliviar a tensão, costumávamos brincar de lutar, no gramado macio que mamãe usava como quaradouro de roupas, no fundo do quintal. Nas tardes quentes, a gene começa uma luta de brincadeira, que quase sempre se transformava numa verdadeira briga, com puxões de cabelos, socos ns orelhas e pontapés nas canelas. Geralmente, a “brincadeira” terminava quando mamãe nos chamava para bater a bomba, uma tarefa detestada por nós dois.

Terminado a custo o curso primário, foi ajudar papai na sua marcenaria, no fundo do quintal. Gostava do serviço, de trabalhar na oficina. Mas detestava outras obrigações que eram impostas tanto a ele como para mim: regar a horta no final da tarde ou bater bomba para encher as caixas d’água para toda a família (éramos oito pessoas na casa grande de Tio Gordo) tomar banho. Detestou o período em que foi coroinha na capela do Colégio Paula Frassinetti. Ficou apenas alguns meses, não chegou a meio ano, e me deixou sozinho com a tarefa.

Nos nossos habituais passeios de quase todos os domingos à chácara de Tio Alpineu, Arthur se dava melhor com Orlando, enquanto que eu ficava com Natal. Orlando e Arthur tinham o mesmo temperamento, eram rebeldes, tinham vontades próprias, e gostavam de aprontar brincadeiras de mau gosto com os outros primos.

Não era cuidadoso com suas coisas, principalmente com os brinquedos. Lembro-me de um certo caminhãozinho que papai destruiu com um chute. O episódio está registrado no conto “A Festa da Cumeeira”: papai tinha feito, com sua habilidade incrível, dois pequenos caminhões de brinquedo, de madeira, mas com rodas fixadas com pedaços de metal, e com um pino fixado no eixo, que produzia um ruído mais parecido com metralhadora do que com motor de caminhão. Mas, enfim, eram dois brinquedos notáveis. No seu descuido pelas próprias coisas, Arthur deixou o caminhãozinho na exígua passagem entre dois canteiros de verduras, passagem que só dava para uma pessoa passar. Numa tarde, quando papai irrigava a horta, com as duas mãos ocupadas com balde e regador cheios, topou com o brinquedo abandonado. Sem dizer um ou dois, meteu um chute no tal caminhãozinho, que se arrebentou de encontro com o tronco da jabuticabeira. Houve muito choro, mas papai ainda quase aplicou uns tapas no filho pela displicência com que tratava seus pertences.

Papai era excelente marceneiro, artista entalhador de madeira, carpinteiro de recursos.Fazia um vinho de laranjas de excepcional qualidade. Mas era péssimo para ensinar o que quer que fosse. Não tinha paciência pedagógica. E não soube passar para Arthur o que sabia. Aos quinze anos, já era um rapaz: alto, magro, mas forte: seus braços inchavam-se com o “muque” , a força de seus músculos aparecendo sob as mangas da camisa. Dada a dificuldade (e as constantes discussões entre ambos) Arthur foi trabalhar na marcenaria do Luiz Bérgamo, ou melhor, dos “Irmãos Bérgamo & Cia.”

Ali, começou como “ajudante” dos marceneiros mais velhos, mas não demorou muito passou a “oficial”. Nessa categoria, começou a ter uma renda boa, e logo ganhava mais trabalhando na indústria de móveis do que papai, em sua modesta oficina. E, para ajuntar mel à rapadura, começou um namorico com Maria Luiza, a filha do principal sócio da indústria.

Foram os anos cinqüenta: namorou, noivou e casou. Foi morar na parte baixa da casa de papai: a enorme casa que Tio Gordo legara a mamãe e papai, fora dividida em duas residências: uma que tinha entrada direta pela rua, onde morávamos, e outra, com entrada lateral através de uma área ajardinada. Essa residência era usualmente alugada, mas como casamento do filho, foi-lhe cedida, como, aliás, era usual, naqueles tempos.

Foi logo após o casamento (1957) que Arthur voltou a trabalhar com papai. Agora contava com experiência de trabalho em industria de fabricação em série de móveis de todos os tipos, populares, baratos, de fácil acabamento. Acabou influenciando papai, e ambos passaram a fazer móveis mais acessíveis.. Anteriormente, papai trabalhava com restauração de móveis e fazendo mobílias sob encomendas: conjuntos de sala de jantar, ou quartos, tudo muito elaborado, caprichado, com frontões entalhados, verniz de raro brilho, etc. e tal. Juntaram então o capricho de papai com a experiência prática de Arthur. Passaram a fazer camas em série, bem feitas, fortes, com frontões e enfeites nas almofadas, tudo entalhado por papai. Foi organizada e registrada a firma “Pedro Gobbo”, pessoa jurídica, e pela primeira vez na vida papai pagou impostos e ficou “legal”.

Tiveram sucesso. Tanto sucesso que se tornou necessário contratar os serviços de um viajante, que vendia os móveis para Ribeirão Preto, Franca, Uberlândia, Uberaba, e até para Brasília. Arthur aumentou a oficina, comprou máquinas novas, fez estoque de madeira, adquiriu uma camioneta para transporte de madeiras e móveis.

Na vida familiar, enfrentava alguma dificuldade. Maria Luiza era nervosa e ciumenta. Tinha pressão alta e sua primeira gravidez não chegou ao final. Depois, tiveram dois filhos: Celso, que nasceu em 1959 e Josiane, nascida em 1962. Depois da gravidez de Josiane, Maria Luiza contraiu Lupus erimatoso e nunca mais teve boa saúde. Faleceu em 9 de novembro de 1965, no dia do meu trigésimo aniversário.

Antes dos problemas de saúde da espôsa, Arthur havia comprado a participação na firma “Madeiras Paraíso Ltda.”, por volta de 1962. Trabalhou com o sócio Arnaldo Colozzio, do qual acabou comprando a parte, ficando proprietário exclusivo da industria de móveis. A essa altura, fabricava dormitórios em série e criou um consórcio de móveis. Era a época dos consórcios, negócio que apareceu com a fabricação de carros nacionais, e parecia ser uma maneira boa de vender antecipadamente a mercadoria. O plano era para 50 sócios, que pagavam mensalmente 1/50 (um cinqüenta avos) do valor do dormitório, e a firma entregava um dormitório por mês. O que parecia ser um bom negócio, entretanto, transformou-se, via a inflação galopante, em pesadelo e levou a “Madeiras Paraíso Ltda” e Arthur à falência. Isto em 1968.

Os filhos (órfãos da mãe) Celso e Josiane foram criados por mamãe. E davam o maior trabalho: peraltas, não gostavam de estudar, não davam descanso nem à avó, nem ao pai. Cada dia aprontavam alguma. Arthur não tinha paciência, vivia sob pressão dos negócios que iam mal, com a tristeza da esposa perdida, e descontava nos garotos: zangas, castigos e surras eram as constantes na educação de Celso e Josiane.

Arthur tornara-se um homem calado, quieto, que não reagia com vigor aos desafios. Um homem aparentemente tranqüilo, mas que não manifestava suas dores nem mesmo preocupações. Raros amigos. Nenhum lazer, nenhum esporte. Só vivia para o trabalho.

Nessa ocasião, a situação em casa era assim: Arthur, após a morte de Maria Luiza, continuava morando na casa anexa à de papai. As crianças dormiam com ele, mas passavam o dia na casa de mamãe, sob a responsabilidade da avó e de madrinha, que morava com mamãe. Arthur teve uns encontros com uma moça de “má fama”, Ludma Braghini, com a qual passava algumas noites. Mamãe ficou sabendo e interpelou Arthur, que não lhe deu satisfação. Mamãe pediu-me que falasse com ele. Falei, sim: mas fui tão desastrado na conversa que acabei esmurrando Arthur, abalando-lhe os dentes da frente, isto na frente de mamãe. Quando Arthur ia revidar, mamãe se interpôs, e retirei-me depressa da casa dela, onde tudo aconteceu. Foi a única vez que agredi fisicamente uma pessoa, e sinto muito que essa pessoa tenha sido meu irmão.

A fábrica de móveis de “Madeiras Paraíso” ficava num imenso galpão no início da Avenida Oliveira Rezende, para os lados da Vila Mariana, além da estação da São Paulo e Minas (hoje inexistente). Os meninos “aprontavam” tanto que teve um período em que Arthur passou a viver na parte residencial da indústria, com seus filhos, a fim de aliviar mamãe da confusão causada por eles. Foi então que surgiu Norma Cauduro, filha do João Cauduro, conhecido como João Oleiro, chofer de táxi, casado com dona Nália, antiga conhecida de mamãe, pois era filha do Compadre Nicola e Comadre Mariucha. Norma, que era professora primária, solteira, independente(possuía até um carro seu, um Aero Willys-1967), atirada, cativou Arthur. Conquistou a simpatia dos filhos dele. Casaram-se em 1968.

Este casamento, que parecia ser a solução para os problemas de Arthur — e, principalmente, do difícil relacionamento com os filhos — verificou-se ser uma falácia. Celso e Josiane já não obedeciam mais ninguém, e principalmente a “madrasta”. O que prejudicou também o relacionamento de Norma e Arthur. A casa virou um pandemônio com discussões diárias, brigas entre o quarteto (Celso, com 9 anos, enfrentava a todos e Josiane o acompanhava). Teve ocasião em que até panela voou, atirada contra Norma.

Mamãe, consternada e preocupada, ouvia, de sua sala, os entreveros de Norma, Arthur, Celso e Josiane.

Em 1968 mudei-me de SSParaiso para Jales, e do que seguia acontecendo com Arthur e família, só tinha conhecimento quando ia a Paraíso, a passeio. Então eram notícias fofocas, avisos, um milhão de informações a respeito das confusões. Soube que, por duas ou três vezes, Norma, não agüentando mais, abandonara a casa, e fora passar uns meses com a mãe, que morava na mesma Rua Dr. Placidino, alguns quarteirões abaixo, na direção do centro da cidade. Esta prática irá se tornar comum na vida do casal, como se verá.

Em 1970, Arthur, falido, tendo fechado a Madeiras Paraíso, me visitou em Jales. Estava procurando um outro negócio, e queria que fosse fora de Paraíso. Celso e Josiane estudavam em Batatais, internos num colégio adventista. Norma e Arthur não estavam juntos nessa ocasião. Após dar umas voltas pela cidade, decidiu estabelecer-se com uma loja de tintas, que organizou e colocou em funcionamento: “Tintas Brasília”. O desenvolvimento da cidade era intenso e Arthur tinha tudo para prosperar no ramo. Mas, em vez de dedicar-se cem por cento ao seu comércio, passou a ajudar na recuperação dos móveis da Loja Maçônica local. Deixou a loja por conta de uma jovem empregada e ficava a maior parte do tempo no templo. Essa ajuda, revelou-se depois, foi pura e simples exploração do confrade recém-chegado. Nada ganhou e perdeu o controle da loja de tintas. Em menos de dois anos, acabou fechando a loja.

Numa de suas viagens entre Jales e SSPARAÍSO (ele não chegou a levar a família para Jales), em sua camioneta, foi barrado por uma “blitz” policial na divisa entre S. Paulo e Minas. .

=O senhor traz laranjas aí no seu carro? — perguntou o policial.

=Não senhor . = Respondeu Arthur

=Nenhuma laranja, nem no porta-luvas, na carroceria?

=Não, não trago nem mesmo meia laranja aqui comigo.

=Muda de laranja, tá transportando? Semente de laranja? = Insiste o guarda rodoviário.

Aborrecido com aquele interrogatório insistente, Arthur desabafa:

=Puxa vida, vai gostar de laranja assim lá na China.

=Ah, seu doutor, é que somos da Policia de Vigilância Sanitária. Estamos controlando a praga da ferrugem nos laranjais de S. Paulo. Interceptamos tudo o que se relacionar laranja.

=Ah, bom. Na volta, trago-lhe algumas laranjas de Minas. Sem praga.

Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi um período de certa calma. Trabalhou com Waldir Marcolini na construção de centenas de casas, em conjuntos habitacionais por conta do BNDE, que financiava as construções. Morou em Paracambí, estado do Rio, onde o visitei em 1973, e depois em apartamento no bairro de Botafogo, onde o visitei em 1976.

Parecia, na ocasião, que as coisas teriam entrado nos eixos. Mera ilusão. As desavenças entre Norma. Celso e Josiane continuavam cada vez piores. Por diversas vezes, norma abandonou a residência no Flamengo,voltando a morar com os pais em SSP. Arthur parecia não dar importância a essas fugas da esposa, pois ela sempre voltava, cabeça baixa, a residir com eles.

Acabada a febre imobiliária, ou mesmo antes, Arthur conseguiu a ajuda de Orlando Musquioni, nosso primo, estabelecido com a "Madeiras Paraíso" em Belo Horizonte. Com essa ajuda, organizou uma firma no Rio “Madeiras Paraiso-Rio”, com sócios já conhecidos: Orlando Lauria e Fontana. A sociedade parecia ir bem, mas eis de novo Arthur encerrando o negócio, que durou apenas quatro anos.

Voltou para SSParaíso com o que lhe tocou da desastrada empresa: uma camioneta Ford tipo ¾, semi-nova, e um galpão de metal desmontável. Penso que tenha levado algum capital, pois comprou em Paraíso um terreno na Vila Industrial, no qual pretendia erguer o barracão e dedicar-se ao comércio de madeiras. Mas mudou, de repente, de intenção e comprou um “fundo de negócio” de firma no ramo de comércio de madeiras. Comprou terreno com barracão/depósito de madeira e construção de escritório, atendimento a clientes, etc. Situava-se perto da caixa d’água da Copasa, fazendo fundos para a rodovia federal que passa por ali. Ao mesmo tempo, comprou uma porção de terra, uns dez alqueires situados nas proximidades do campo de aviação. Repete-se a história: na ânsia de construir uma casa no sítio, plantar capim, fazer cercas, etc., descuida da parte comercial do negócio de madeiras. É nova falência branca, na qual perdeu inclusive o terreno Na vila Industrial e o galpão metálico desmontável (nunca chegou a ser montado por Arthur).

A situação familiar deteriorava-se a cada dia. Voltou a morar na casa anexa a de papai, onde Norma, Celso e Josiane viviam às turras. Arthur, agora, não dava mais atenção às brigas. Josiane trabalhava numa firma comercial de material agrícola, enamorou-se do patrão (casado) e passou a ter encontros escondidos. Nova onda de discussões, brigas, etc. Celso, um verdadeiro “boy” rebelde, em sua motoca, não dava satisfações a ninguém.Até o dia no qual resolveu “se mandar” de Paraíso. Arthur não deixou. Celso como que fugiu de casa: viajando de moto, voltou ao Rio, onde procurou conhecidos de seu pai, para trabalhar. Felizmente, deu duro e conseguiu sucesso – mas esta é já outra história, que um dia vou narrar.

Quanto a Arthur, vendeu o sítio e não sei o que fez com o dinheiro. Aproveitou a oficina de papai — que já não trabalhava mais — e fazia pequenos serviços, biscates, consertos de móveis. Começou a sentir umas tonteiras, principalmente ao subir em escadas. Consultou o Dr. José Spósito, medico de nossa família por tradição, que o mandou procurar um especialista, um neurologista. Veio fazer esta consulta com Dr. Cabral, em 1984. O resultado foi desanimador: um tumor no cérebro. Veio a cirurgia e o tratamento pós-operatório quimioterápico. Durante os primeiros seis meses após a cirurgia, Arthur ainda conseguiu caminhar, viajar, ter uma vida aparentemente normal. A partir de 1985, voltaram as tonteiras, os desequilíbrios.

Numa consulta ao mesmo Dr. Cabral, Arthur, Norma e eu fomos informados de que nada mais havia a fazer na área de neurocirurgia. Recomendou fisioterapia, tão somente. A partir de então, de volta a Paraíso, a situação dele foi rapidamente se deteriorando. Caminhava cada vez menos, foi perdendo o movimento das pernas, passou para a cadeira de rodas. A fala ficou prejudicada. Em março de 1986, quando do falecimento de mamãe, só se locomovia com ajuda, falava enrolado. Seguiu-se o falecimento de madrinha, em 1987, e o de papai, em 1988. A cada morte de um ente querido, Arthur piorava mais e mais, perdendo o domínio de suas funções vitais, de comer por si mesmo, de falar.

Norma agüentou firme todos os anos da tragédia do marido. Josiane continuava namorando, sempre homens casados. Celso não dava notícias. Após a morte de papai — que morou o último ano de vida com Arthur e Norma — , ela fechou a casa e mudou-se para um apartamento, alugado, no edifício Mambrini, que fica na mesma Rua Dr. Placidino, próximo à casa de sua mãe. Arthur então já mantinha vida vegetativa. Visitei-o uma única vez, no final de 1988: na cama, não falava, a ninguém reconhecia, não reagia a nenhum estímulo. E Norma ali, firme, com o marido.

Arthur faleceu em 18 de março de 1989, com 52 anos. Está sepultado com sua primeira esposa, Maria Luiza, com a qual, penso, viveu os melhores dias de sua triste vida.

ANTONIO ROQUE GOBBO =

Belo Horizonte, 2 de março de 2003 =

CONTO 210 DA SERIE MILISTÓRIAS

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 09/05/2014
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