A busca
Deitada sobre um banco de cimento, em algum lugar daquele círculo rodeado de árvores grandes e folhas verdes, um céu cinza me aparece : o meu céu, sempre, oque sou e o que vivo; a natureza dos meus sentimentos instintos.
Outra vez, o aperto no peito que me faz andar pelas ruas silenciosas, procurando um sentido em cada pedra nos cantos da calçada de mármore que sonhei em outrora. Era uma casinha - que havia naquele lugar abandonado, chamado floresta. Eu continuava a caminhar e sempre voltava ao mesmo instante inacabável - seja numa flor, num chão arranhado, num espinho que as flores podem deixar cair ... O meu eu era apenas um vulto entre os ventos sem chuva.
Quando voltei novamente à casinha, a calçada de mármore existia ali na minha vista concreta. Sentei-me cansada; cansada de tanto procurar, buscar, um ensejo pela paz que minh'alma tem sede. Talvez uma gota de chuva limparia as amarguras, e talvez tudo o que sou apenas esteja em uma mera memória.