Chegando ao meu limite
Ele subiu a escada devagar. Entrou no quarto e sem pensar duas vezes, esfaqueou-a. Logo o fedor de merda se fez presente. Jaime constatou que havia perfurado o intestino da vítima. A garota tentou gritar, mas a faca lhe cortou a veia jugular e o sangue jorrou com intensidade. Com uma das mãos, a vítima tentou estancar o sangue, algo que nem ela acreditava ser possível. O assassino pegou o travesseiro e apertando-o sobre o rosto da mulher, a sufocou. Após a morte consumada, Jaime resfolegou, e parado ao lado da cama, observou sua bela vítima: loira, olhos castanhos — revirados para cima — e duas tatuagens nos pés. Ah, os pés. Isso despertava uma explosão de libido nele. Era podólatra¹ e não se importava. Cada humano havia de ter um fetiche, e esse era o seu: pés. Sem perder tempo, tirou o cacete para fora da calça e começou a tocá-lo. Massageava lentamente, observando os pés tatuados da menina. Aproximou-se do corpo e lambeu o sangue dos próprios dedos. A vítima encontrava-se apenas de roupa íntima. Jaime ajoelhou-se no colchão e tirou a calcinha da morta. Sorriu ironicamente e...
Parei. Gosto de indecência e sujeira, mas tenho o meu limite. Ninguém me obrigaria a assistir aquele filme até o final. Merda! A cena estava interessante, é bom entender a mente de um assassino, seu intelecto e sua alienação. Mas assim já é demais. Necrofilia? Não, não, obrigado. Fechei o Windows Media Player decidido a ler a sinopse completa dos próximos filmes Lado-B que fosse baixar.
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¹ Indivíduo — geralmente do sexo masculino — que sente atração por pés. Admirador, fetichista de pés.
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