Saulo beijou a testa de Rita e saiu.
Sua esposa precisava muito descansar. Após o parto que confirmou a perda de Henrique, o bebê tão sonhado, Rita passou a experimentar uma profunda amargura.
Desde o início da gravidez, ela e o esposo conheciam os riscos. Os dois jamais aceitaram, entretanto, a recomendação do aborto preventivo.
Preferiram confiar na mínima chance de êxito.
Talvez eles acreditassem num milagre.
Agora as previsões médicas infelizmente estavam confirmadas.
Observando as estrelas, numa noite sem nuvens, Rita desejava ainda acreditar. Restava a alternativa natural de uma adoção, havia grande esperança no ar através do gesto caridoso.
Esse pensamento não impediu uma gigantesca tristeza abraçando, com uma força incontrolável, a jovem mãe sonhadora.
**
Henrique, brincando no berço, encantava o casal o qual só imaginava dias alegres envolvendo o futuro do lindo bebê.
Rita e Saulo sorriam emocionados.
Ele conseguiu uma licença no trabalho para acompanhar os primeiros passos do filho. Rita não queria disfarçar a felicidade da maternidade finalmente podendo fluir.
**
Saulo decidiu radicalizar.
O pai proibiu Henrique de manter contato com os amigos o qual sempre lhe visitavam.
Não eram colegas da escola. Aliás, o adolescente ressaltava desprezar ir ao colégio, sempre desinteressado e distante dos estudos.
Rita, dialogando com o meigo marido, revelava inquietação e temia as preferências do menino. Por que o contato com aqueles marginais?
Na última madrugada, um telefonema despertou o casal, pois houve um tumulto numa boate. Ocorreu uma briga generalizada, Henrique e seus amigos foram os culpados.
Após esse fato, eles concluíram que as perigosas amizades precisavam desaparecer da vida de Henrique.
**
Cinco anos depois, na madrugada do vigésimo aniversário de Henrique, um novo telefonema apavorou o dedicado casal.
O marido começou a gaguejar quando ouviu que o filho estava preso.
Henrique e mais três jovens realizaram um assalto no qual os policiais frustraram a ação da quadrilha.
Rita segurou a mão do esposo trêmula.
Recordando a trajetória de Henrique, ela indagava se não tinha errado, questionando eventuais falhas na educação do filho.
Como aceitar a sorte desgraçada do filho estimado?
De repente, no meio de tantas lembranças, confusa e desgostosa, Rita perdeu a consciência, a cabeça girou até ela desmaiar.
**
Rita despertou assustada.
Percebendo o terrível pesadelo, ela sentiu alívio e começou a refletir se não recebera uma espécie de recado do Alto.
Por que sonhar com várias fases da existência de um filho que optou pela trilha da criminalidade?
Deus pretendia tranqüilizar seu coração ferido?
Na manhã seguinte, retornando à casa, Saulo disse:
_ Querida, assim que você melhorar, vamos providenciar a adoção do nosso Henrique.
_ Querido, eu decidi escolher outro nome.
_ Por que, Rita?
_ Penso que precisamos recomeçar, portanto não vale a pena manter o nome do bebê morto. Vamos renovar a situação completamente.
O marido concordou.
A idéia de Rita era realmente recomeçar.
Eles adotariam uma criança para lhe oferecer o maior amor possível, permitindo que essa afeição intensa e espontânea derramasse um oceano de felicidade na família construída.
Amanhã a criança, absorvendo tamanha ternura, seguiria uma estrada repleta de sucesso, respeito e dignidade.
O futuro prometia ser maravilhoso.
Rita não duvidava disso.
Um abraço!
Sua esposa precisava muito descansar. Após o parto que confirmou a perda de Henrique, o bebê tão sonhado, Rita passou a experimentar uma profunda amargura.
Desde o início da gravidez, ela e o esposo conheciam os riscos. Os dois jamais aceitaram, entretanto, a recomendação do aborto preventivo.
Preferiram confiar na mínima chance de êxito.
Talvez eles acreditassem num milagre.
Agora as previsões médicas infelizmente estavam confirmadas.
Observando as estrelas, numa noite sem nuvens, Rita desejava ainda acreditar. Restava a alternativa natural de uma adoção, havia grande esperança no ar através do gesto caridoso.
Esse pensamento não impediu uma gigantesca tristeza abraçando, com uma força incontrolável, a jovem mãe sonhadora.
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Henrique, brincando no berço, encantava o casal o qual só imaginava dias alegres envolvendo o futuro do lindo bebê.
Rita e Saulo sorriam emocionados.
Ele conseguiu uma licença no trabalho para acompanhar os primeiros passos do filho. Rita não queria disfarçar a felicidade da maternidade finalmente podendo fluir.
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Saulo decidiu radicalizar.
O pai proibiu Henrique de manter contato com os amigos o qual sempre lhe visitavam.
Não eram colegas da escola. Aliás, o adolescente ressaltava desprezar ir ao colégio, sempre desinteressado e distante dos estudos.
Rita, dialogando com o meigo marido, revelava inquietação e temia as preferências do menino. Por que o contato com aqueles marginais?
Na última madrugada, um telefonema despertou o casal, pois houve um tumulto numa boate. Ocorreu uma briga generalizada, Henrique e seus amigos foram os culpados.
Após esse fato, eles concluíram que as perigosas amizades precisavam desaparecer da vida de Henrique.
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Cinco anos depois, na madrugada do vigésimo aniversário de Henrique, um novo telefonema apavorou o dedicado casal.
O marido começou a gaguejar quando ouviu que o filho estava preso.
Henrique e mais três jovens realizaram um assalto no qual os policiais frustraram a ação da quadrilha.
Rita segurou a mão do esposo trêmula.
Recordando a trajetória de Henrique, ela indagava se não tinha errado, questionando eventuais falhas na educação do filho.
Como aceitar a sorte desgraçada do filho estimado?
De repente, no meio de tantas lembranças, confusa e desgostosa, Rita perdeu a consciência, a cabeça girou até ela desmaiar.
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Rita despertou assustada.
Percebendo o terrível pesadelo, ela sentiu alívio e começou a refletir se não recebera uma espécie de recado do Alto.
Por que sonhar com várias fases da existência de um filho que optou pela trilha da criminalidade?
Deus pretendia tranqüilizar seu coração ferido?
Na manhã seguinte, retornando à casa, Saulo disse:
_ Querida, assim que você melhorar, vamos providenciar a adoção do nosso Henrique.
_ Querido, eu decidi escolher outro nome.
_ Por que, Rita?
_ Penso que precisamos recomeçar, portanto não vale a pena manter o nome do bebê morto. Vamos renovar a situação completamente.
O marido concordou.
A idéia de Rita era realmente recomeçar.
Eles adotariam uma criança para lhe oferecer o maior amor possível, permitindo que essa afeição intensa e espontânea derramasse um oceano de felicidade na família construída.
Amanhã a criança, absorvendo tamanha ternura, seguiria uma estrada repleta de sucesso, respeito e dignidade.
O futuro prometia ser maravilhoso.
Rita não duvidava disso.
Um abraço!