A DOIDA DO SEMÁFORO

Num semáforo do cruzamento de movimentadas avenidas de uma grande capital nordestina, uma doida de grande estatura, vestindo um velho uniforme de guarda de trânsito, de boné, e um apito na boca, todo dia ficava horas a fio apitando e “orientando” os motoristas que por ali passavam em seus automóveis. Ela olhava atentamente para o semáforo, e de acordo com a luz colorida do sinal que se apresentava, a doida ia a seu modo “controlando” o tráfego dos veículos. Ora com a mão espalmada, indicando que os veículos, mesmo já obedecendo naturalmente à cor vermelha, tinham que parar; ora, ao abrir a luz verde, ela levantava o braço, e em movimentos contínuos e frenéticos “orientavam” os motoristas a seguirem viagem. Era uma cena diária por demais hilária e sensibilizante, mas que todos a respeitavam. Embora ela não representasse ali muita coisa em termos de trânsito, pois o semáforo era localizado numa altura considerável e bastante visível, não causando transtorno a nenhum motorista ou pedestre, aquela doida era uma personagem curiosa e bastante engraçada ali naquele movimentado trecho daquela grande cidade

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 19/03/2014
Reeditado em 19/03/2014
Código do texto: T4735524
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