reticências...
Não é que eu aceitava o jeito dela, a questão é quando você acha uma merda, todas as coisas giram em torno disso. Então eu ficava amarrado aquela megera, por absoluta falta de outras oportunidades.
Pegar mulher sempre foi difícil par mim. imaginava que os caras que davam sorte nessa área era dono de algum conhecimento oculto. Algo, pensava, que transcendia o conhecimento do homem comum.
E não havia gente mais comum do eu. Isso era assombroso.
no começo achava que era questão de feiura, pois me achava muito feio e tinha os dentes podres e sem falar na minha magreza que fazia eu me associar com alguma doença dessas que definha a pessoa . Então arrumei os dentes, lembro que foi meu pai que pagou aquela ponte, de metal que deixava exposto à todo mundo que minha boca era banguela. Em relação a magreza passei a comer muito, com muita freqüência. Seguir de forma religiosa uma dieta que encontrei num exemplar de seleções que nossa tia rosa nos deu quando arrumou sua sala e comprou novos livros.
Em relação a minha aparência, de tanto me olhar cheguei a conclusão que parece obvia. Que eu era um sujeito até bonito. Não era um galam de cinema mas também não era o que eu achava
de modo que esse não era esse problema. É certo que isso me deu um certo relaxamento na vida, que foi bom, mas ao mesmo tempo me deu medo, porque me abrigava a procurar outros motivos, porque mesmo com essa descoberta a minha vida amorosa continuou muito precária.
Um dia fui tomar cerveja com um amigo meu: Paulo Evaristo , um metido a garanhão, entendedor de tudo, com as coisas do mundo. Então eu lhe contei alguns de meus fracassos. Ele me disse que minha abordagens eram muito definitivas. Que eu precisava me dar conta que o romantismo havia deixado uma sombra enorme na humanidade, que par se dar bem com as mulher eu precisava saber como elas pensavam, o que desejavam e agir conforme essa demanda. Se eu fizesse isso, com certeza as mulheres ia me amar.
Enquanto eu pesquisava a minha vida, em casa estava a vida horrorosa. A minha esposa um porca suburbana , que me enganava dizendo coisas que lhe apetecia, mas meus sentimentos não negava, ela estava cagando e andando par mim. mas como sair, se tudo parecia extraordinariamente difícil. Então entrei num curso que achei na internet. Lá mostrava muitas técnica de como abordar as mulheres. Enchi de coraragem e fui par rua. Nunca levei tanto fora na minha vida. voltava par casa a noite, depois dos exercícios tomado de frustração e vergonha. Foi nessa época que pensei em me matar. Perdi toda a esperança e nada mais fazia sentido. Era dominado por medos abissais, por crises nervosas que demorava dias par ir embora. Nada me dava prazer e os chingamentos de Marina não me causa grande coisa. Então foi que desistir, aceitei que essa era minha sina, ficar sozinho ou ser maltratado. Eu podia fazer escolha, sabia-a dolorosa. O certo que eu não queria mais ser casado, principalmente agora que eu enxergava o temor mantinha aquela ilusão. Foi então que peguei minhas coisas e partir, voltei par o interior, larguei tudo, o emprego, os amigos, a vida que eu tinha. e logo chegou a notícia, em duas semanas a minha ex esposa estava novamente casada e pelos dizeres da pessoa que me contou, ela estava feliz, como se nada que aconteceu tivesse alguma importância.
(continua)