Segredos

Segredos

Guardei-os só para mim.

Nem adiantava dividir com outros, algo que só a mim pertencia.

De que valia...

Sombras de um passado recente, reluzente, como a própria realidade reticente que meu sono levava e meus sonhos consomem.

Guardarei todos, em meu coração apaixonado e teimoso.

Que a existência da alma por si só, explique os desencantos de uma breve passagem por sua vida, que todos os planos do universo justifiquem-se em forma de sua saudade infinita.

“Ainda que eu ande pelo vale das sombras, nunca estarei sozinho”

Levar-te-ei, mesmo que contra toda minha sapiência, para o mais fundo de mim. Usarei correntes, cadeados, chaves...

Alimentar-te vou, posto que não morras.

Mas que seja deveras impotente. O suficiente para que não se rebeles contra mim, que assim como eu, também deixe-me viver.

Quanto segredo cabe em mim?

Nunca ei de saber...

Antes do fim...