Rebeldia 'parte final '
Fiquei por muito tempo, estancado no mesmo lugar, não pude ver quando a luz do arrependimento brilhou naquele lugar.
Ali bem próximo de mim, algo tão belo aconteceu, um clarão acolhedor, resgatou aquele ser, que clamava por perdão e eu nem pude perceber.
Ao ver que estava sozinho, em companhia da bala em meu peito, o vazio me ensurdecia, eu queria uma explicação, alguém pode me ouvir, a vitima aqui sou eu, alucinado esbravejava, não conseguia compreender, socorreram meu assassino e vão me deixar morrer.
Não quis em nenhum momento aceitar minha condição, morto já há muito tempo, porém não tinha aceitação.
Na ira e rebeldia me arrastei por longo tempo, indignado era muita dor em mim, abandonado me senti, totalmente sem forças desmoronei ao chão, caí em sono profundo, adormecido por muito tempo permaneci.
Ao acordar ainda no mesmo lugar, tinha à minha volta um clarão que me era familiar, por muitas vezes aquela luz visitou aquele lugar.
Antes para mim um breve reflexo fundido à escuridão, que não dei importância alguma nem me chamou a atenção.
Meus amigos um a um foram sendo resgatados, ao aceitarem sua condição todos eles foram tratados.
Agora em minha frente o clarão se repetia, em pé diante de mim, eram braços que se estendiam.
Um instante de lucidez e eu pude reconhecer, aquele casal... Também foram socorridos! Só eu fiquei a sofrer... Seguraram em minha mão, e ouvi o som terno da voz suave a dizer “aqui estamos viemos te socorrer”.
Fui levado a um hospital, onde fui acolhido por amigos, que vibravam e me envolviam em amor, iniciado tratamento prolongado, pois meu estado de rebeldia ainda se perpetuava.
Muito tempo ainda se passou, até que conseguisse entender, e aceitar que estava presente naquele dia fatídico e que todos os envolvidos inclusive eu teve de forma rápida seu desligamento, passagem ou morte como queiram.
E que cada um foi resgatado, à medida da aceitação à sua nova condição, à abertura que deram ao conhecimento dos fatos. E que por puro apego à vida terrena, vida que hoje sei era passageira, mais ali naquele momento não quis aceitar, por apego escolhi, reviver aquele momento por muitas vezes, na ilusão de que iria dormir, e ao acordar tudo seria diferente, e como não podia deixar de ser o fato se repetia, e nessa ilusão permanecia, até que um pranto de arrependimento, me tocou, mesmo que eu não percebesse, me permitiu ter consciência parcial do estado em que me encontrava.
Muito trabalho ainda à frente, a partir daquele momento, corrente de perdão e amor, força que iluminou a dor, a “vítima” amou o “algoz” que ao sentir esse amor, clamou por perdão, que refletiu e clareou, aquele outro que também “vitima” se tornou, e na escuridão navegou, mas agora se libertou.
E assim flui o amor, em sua forma mais pura, não há vitima e nem algoz, todos somos aprendizes , frequentando a mesma escola, na dor, no amor, no espinho ou na flor, na alegria, na lágrima...
Não somos filhos do acaso, temos rumo certo direção a seguir, quando um ciclo se fecha outro se inicia, vida é morte, morte é vida, apenas transição estágios de conquista, no aprimoramento do divino, partícula contida, muitas vezes escondida, mas presente em cada ser.
Meus Agradecimentos a Mentora,
Vera Lúcia Pimentel.
Fiquei por muito tempo, estancado no mesmo lugar, não pude ver quando a luz do arrependimento brilhou naquele lugar.
Ali bem próximo de mim, algo tão belo aconteceu, um clarão acolhedor, resgatou aquele ser, que clamava por perdão e eu nem pude perceber.
Ao ver que estava sozinho, em companhia da bala em meu peito, o vazio me ensurdecia, eu queria uma explicação, alguém pode me ouvir, a vitima aqui sou eu, alucinado esbravejava, não conseguia compreender, socorreram meu assassino e vão me deixar morrer.
Não quis em nenhum momento aceitar minha condição, morto já há muito tempo, porém não tinha aceitação.
Na ira e rebeldia me arrastei por longo tempo, indignado era muita dor em mim, abandonado me senti, totalmente sem forças desmoronei ao chão, caí em sono profundo, adormecido por muito tempo permaneci.
Ao acordar ainda no mesmo lugar, tinha à minha volta um clarão que me era familiar, por muitas vezes aquela luz visitou aquele lugar.
Antes para mim um breve reflexo fundido à escuridão, que não dei importância alguma nem me chamou a atenção.
Meus amigos um a um foram sendo resgatados, ao aceitarem sua condição todos eles foram tratados.
Agora em minha frente o clarão se repetia, em pé diante de mim, eram braços que se estendiam.
Um instante de lucidez e eu pude reconhecer, aquele casal... Também foram socorridos! Só eu fiquei a sofrer... Seguraram em minha mão, e ouvi o som terno da voz suave a dizer “aqui estamos viemos te socorrer”.
Fui levado a um hospital, onde fui acolhido por amigos, que vibravam e me envolviam em amor, iniciado tratamento prolongado, pois meu estado de rebeldia ainda se perpetuava.
Muito tempo ainda se passou, até que conseguisse entender, e aceitar que estava presente naquele dia fatídico e que todos os envolvidos inclusive eu teve de forma rápida seu desligamento, passagem ou morte como queiram.
E que cada um foi resgatado, à medida da aceitação à sua nova condição, à abertura que deram ao conhecimento dos fatos. E que por puro apego à vida terrena, vida que hoje sei era passageira, mais ali naquele momento não quis aceitar, por apego escolhi, reviver aquele momento por muitas vezes, na ilusão de que iria dormir, e ao acordar tudo seria diferente, e como não podia deixar de ser o fato se repetia, e nessa ilusão permanecia, até que um pranto de arrependimento, me tocou, mesmo que eu não percebesse, me permitiu ter consciência parcial do estado em que me encontrava.
Muito trabalho ainda à frente, a partir daquele momento, corrente de perdão e amor, força que iluminou a dor, a “vítima” amou o “algoz” que ao sentir esse amor, clamou por perdão, que refletiu e clareou, aquele outro que também “vitima” se tornou, e na escuridão navegou, mas agora se libertou.
E assim flui o amor, em sua forma mais pura, não há vitima e nem algoz, todos somos aprendizes , frequentando a mesma escola, na dor, no amor, no espinho ou na flor, na alegria, na lágrima...
Não somos filhos do acaso, temos rumo certo direção a seguir, quando um ciclo se fecha outro se inicia, vida é morte, morte é vida, apenas transição estágios de conquista, no aprimoramento do divino, partícula contida, muitas vezes escondida, mas presente em cada ser.
Meus Agradecimentos a Mentora,
Vera Lúcia Pimentel.