Entre rosas e sombras

Viestes a meu mundo, medíocre e em cinza e branco, não sei o quê buscar, mas desde que chegaste, transformou minha vida e tudo o que ela guarda; meus segredos, meus pensamentos, meus sentimentos, minha mente. Dominou cada segundo do meu dia, e eu sem querer querendo, fui deixando você se apossar.

Agora, já cansada de bater em sua porta, e pedir o aconchego de teus braços, o cheiro do seu corpo ainda por aqui, venho pousar letras confusas e sem sentido, para outros porém, mas para mim, rosas e sombras. Ainda não me acostumei com os espinhos, a dor que eles me causam já nem me incomoda mais, apenas meu pequeno coração sente sua falta, chama baixinho seu nome. Me deixasse, despejasse todo esse (sei lá que nome dar) rio abaixo, e vejo tudo se ir, sofrendo, à noite, chorando, ora cedo, ora tarde... tornei-me escrava de algo maior, que não quero sentir, pois tu mesmo me abandonaste. Imagino tantos, talvez a doença que me acomete o juízo, ou a pobreza, tal ao fato puro e simples de apenas compartilhar um café a seu lado. Ou quem sabe que de beleza formosa não tenho, ao comparar as belas e formosas que tens em seu poder, seja em fotos ou em relacionamentos. Já deixo minha mente viajar, pois nada me resta a não ser esta dor insuportável, esse desejo maldito de querer estar contigo mesmo sendo levada ao total fracasso que tentei em vão reconstruir; existem apenas ruínas, dor e morte. Ah, que sonhei e insisti, e isso me fez tão bem, só não estava pronta para ouvir um não, na verdade ninguém está. E neste labirinto vou deixando pedaços de alguém que vai desaparecer, eu a reduzirei a pó. Esta mulher fraca e dependente sumirá, e nunca mais você fará parte, de nada; consomes ainda o que sobrou, enquanto o podes, pois me desfarei de tudo isso. Não haverá mais sorriso e nem felicidade, apenas a amargura de alguém que te quis, e agora sem rosas para lhe colorir a vida, restam apenas os espinhos, meus companheiros, a me acompanhar no caminho por entre as sombras.

Poderia ser tudo tão lindo, e nada mais lá fora, apenas você, eu e este imenso mar de algo tão bonito que fizeste questão de destruir.

Rosas murchas, e sombras, tudo o que restou...

bete online
Enviado por bete online em 26/12/2013
Reeditado em 27/12/2013
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