A falta de vergonha

A gamela no chão cheia d'água com sabão. E dona Graça dando banho no menino com as tetas branca caindo fora da blusa. O menino, vez ou outra pegava na teta e balança. ela pegava de sua mão e jogava dentro da blusa . um menino feio pra danar, olho morto.

- Ele está bonito, né, Paulinho.

- Tá sim, dona Graça!

"Bonito com cara de cabrito", pensei com um pouco de medo de ser castigado por Deus. Meu pai sempre disse que toda criança é bonita. Não sei se concordo com ele. acho que Deus acharia pior se eu concordasse que esse menino é bonito. Mas nem vou colocar Deus nesse meio. É melhor não misturar os mistérios com o que meu olho acha.

o pai desse menino deve ser uma coisa de outro mundo, também. Dona graça, arrumar filho nessa altura da vida, já velha, só podia ser com homem feio. Na rua todo mundo falou mal dela, que a velha estava com fogo no rabo. e alguns até disseram que isso era falta de respeito.

Dona graça até que não feia, só tem umas correia na cara. As pernas são brancas e firmes e a bunda dá vontade de pegar, é meio mole quando anda, mas é bem cheia de vitalidade.

- E sua mãe ta boa, meu fi?

- Ta sim, foi ela que me mandou vim aqui.

- É?

- Trazer um dinheiro que devia pra senhora;

- Ah, que bom! um dinheirinho faz muito falta.

enquanto ela falava isso eu abeixei a cabeça, não me sentia respeitoso olhando pra ela com aquela blusa molhada e os bicos do peito aparecendo. sem falar que meu corpo começou a responder. dá um sentimento estranho toda vez que venho fazer alguma coisa aqui.

- Acho que já vou, Dona graça!

- fica mais um pouco, meu fi. Deixa só terminar de limpar o menino que pego um bolo pra você.

- Posso colocar o dinheiro na mesa?

- Pode sim. mas espera ai!

Ela levou o moleque pra cama e passou talco popon. ficou de costa e o corpo dela dava uma esticadas toda vez que virarava pra trás pra conversar comigo. a barra da saia levantava e a perna grossa e azul de varize aparecia pra fora.

Deu uma vontade de pedir pra ela mostrar o corpo. A coisa veio na minha boca, mas me segurei. Fiquei com medo. Meu também diz e manda ainda eu prestar atenção: Nunca faz logo o que sua vontade quer. talvez ela nem contasse pra minha mãe. Foi então que ela sentou na cama, e pegou o peito, que parecia um muchiba com os bicos grandes e preto e enfiou na boca do moquele. que sugou com tanto gosto que me deu água na boca. nunca tinha visto um peito tão mole. o moleque nao ligava, metia a boca e puxa igual uma bexiga.

- Pronto! assim que vesti a roupinha dele e mamou , o bichinho dormiu.

- criança é assim, dorme toda hora. o filho de Marlene é incritinho esse da senhora. vive pra mamar e dormir

- bom, deixa eu fechar a porta. vamos lá pra dentro. fiz um bolo muito gostoso, de fubá, gosta?

-gosto muito

- mas antes, eu vou tomar um banho de tanque aqui no quintal. tá um calor danado. e depois eu te dou o bolo. pode ser?

- pode, Dona, Graça!

A velha arrancou o vestido. o corpo dela ficou todinho embaixo do sol. e jogou muitas latas de água. era a coisa mais doida que já vi na vida. ali eu vi, Dona graça, não tinha mesmo vergonha na cara.

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 20/12/2013
Código do texto: T4619582
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