Uma Paixão ou Um Furacão
Eram 20 pras 21hs da noite.
Eu voltava de viagem de um treinamento dos novos oficiais da aeronáutica, morrendo de saudade de casa, dos amigos, e dele.
Faziam 3 meses que não o via.
Não agüentava mais um minuto de espera por isso desci do avião, entrei no primeiro táxi que vi e passei o endereço da faculdade.
Encostei-me no banco do táxi, e fiquei apreciando a paisagem. Como minha cidade é bonita... só falta alguns cuidados...
Vez ou outra o motorista me olhava pelo retrovisor, talvez estranhando meu uniforme, talvez curioso com meu silêncio, na me importei.
15 minutos depois o veiculo para e enfim estou próximo muito próximo de revê-lo
A ansiedade me deixa quase louca e sem pensar passo uma nota para o motorista e saio apressada.
Dali a 5 minutos o intervalo das aulas e eu finalmente me saciaria com a visão daquele homem maravilhosos que eu tanto amava.
Enquanto estava longe às lembranças me alimentavam a alma e me matava a saudade, me dando forças pra agüentar mais alguns dias.
Pensava que logo estaria perto, e que ele também ansiava por me reencontrar.
Entrei no prédio da faculdade.
O hall de entrada que também é o salão da lanchonete estava parcialmente ocupado, ou seria vazio.
Sentei-me e esperei que ele descesse as escadas do andar superior.
Logo minhas amigas de curso desceram e me vendo ali me cercaram, queriam saber tudo.
Em meio a conversa, minha intuição me alerta para algo no ar, volto-me em direção a escada, e...
Meu mundo desaba sobre minha cabeça, minha vista chega a te a falhar, e caio em uma cadeira sem forças.
Ele vem descendo a escada, lindo como sempre mais...
não tinha saudade em seus olhos, não sentia solidão, ao contrario disso, tenha uma mulher em seus braços, uma boca em sua boca, e um sorriso de contentamento nos lábios.
Nem se quer me viu, passou por mim como o vento, que a gente sente mais não vê, e como furacão que causa confusão, destruiu um mundo, arrasou meu coração.