ABRA-ME A PORTA ATÉ O MEIO.

Abra-me a porta até o meio, e se puder sorria,

Não quero festa, busco apenas a recuperação da verdade,quando juntos pela ultima vez, imperou

A nossa obscuridade, não que eu pense em ti

Legitimamente, mas não consigo desviar-te

Das minhas rotas de colisões intempestivas,

E justamente neste tópico, preciso esclarecer,

Um “eu” ainda desconhecido de mim, um sujeito

De decisões abrutas, e nem sempre complacentes

Com a moralidade convencionada pela sociedade,

Mas tão somente tangido pelos desejos promíscuos, desta minha carnalidade exuberante,

E oprimida,nunca penso em tuas virtudes, e estas

Certamente existem, mas a minha devoção no que

Te concerne, se basta pelas poupas das tuas nádegas arredondadas, e de molejo inigualável, adentrando um tanto mais, sinto a textura áspera

Dos teus cacheados pelos púbis, e me embriago

No inconfundível odor do teu cio anunciado que

Antecede tuas regras menstruais, e estas pelo volume exacerbado que beira a um processo hemorrágico amarelam-te as faces antes rubras,

Mas nem um pouco menos encantadoras diante

Destes meus olhos insanos, e caçadores de libidinagens, e envergonhado por ser o meu ser

Um portador de tão pouca honradez, no que concerne ao bom senso amoroso, dispenso de

Ti a penalidade de te abrires por inteira à este

Abutre das insanidades afetivas, e gigolor dos

Desejos albergados neste teu frágil ser feminino,

Que sempre sonhou ter os teus encantos, e a tua

Serenidade resguardada por um homem capaz,

De te fazer a mágica transformação que o amor

Protagoniza, curvo-me diante de ti, em reverências, ao teu padecer, que não por minha

Culpa mas pela minha omissão hora se avoluma,

Diante do teu desengano confirmado e não mas

Apenas deduzido, até um dia talvez em outra

Dimensão quem sabe?.