o corno
Estava na frente da casa quando o carro subiu a calçada e fez prensa com um homem que passa de frente a banco
seus olhos pularam pra fora. Era uma cena horripilante. O motorista desceu do carro, e catatônico não sabia se corria ou se ficava ali olhando o morto. Muita gente ficou olhando. E logo que entendeu o que havia acontecido, uma multidão foi pra cima do motorista e desceu-lhe o sarrafo. Murros, pontapés e tapas na cara. Meu impulso, na verdade, era diferente, queria salvar o homem,
Mas se seu entrasse ali, levaria também uns bofetes. Logo chegou a mulher que parecia ser a viúva, gritava desesperada, tentando afastar o carro da cintura do defunto. Seu choro parecia um uivo.
Ninguém se deu conta que o toca disco no carro estava ligado, e assim ficou durante todo o acontecimento, toca Odair Jose: uma música de corno de doer os ossos. Foi ai que percebi que o assassino deveria estar sofrendo de amor, com algum galho pendurado entre na testa