O amor no fim da rua
Quando adolescente morava numa rua que, no fim desta rua, também morava uma pessoa especial. Seu nome era Madalena. Todas as mulheres casadas da rua a odiavam, pois ela era considerada inimiga número um das mulheres casadas, por sua beleza física e por seus olhares sedutores. Não havia marido naquela rua que não a admirasse. Isso despertava o ódio das demais esposas conservadoras que moravam naquela rua. Madalena morava sozinha, diziam as más línguas que ela era prostituta. Por certo que ninguém sabia como ela se sustentava, pois estava sempre em casa, ou varrendo a calçada de sua casa com uma saia muito curta, e descaradamente paquerava qualquer homem que passasse na frente de sua casa. Quase todos os jovens da rua já tinham ao menos uma passagem de noite em sua casa. E do ponto de vista de um homem, Madalena era fantástica e inesquecível, especialmente para os jovens inexperientes. De fato, Madalena tinha um corpo muito, mas muito bonito, seus seios eram lindos, bem torneados e duros. Mas Madalena tinha talvez um fetiche, nunca transava com ninguém mais de uma vez. O que deixava todos que a conheciam intimamente bem frustrados, pois todos gostariam de uma segunda vez. Toda manhã, das nove as dez e trinta, ela vinha para frente de sua casa para varrer a calçada. Rapidamente se formava uma concentração de jovens na calçada do outro lado da rua, somente para admirá-la. Todos ali concentrados esperavam e tinham a esperança de também passar uma noite com ela. Todos esperavam sua vez, e ela era quem escolhia muito sutilmente. Ao menos uma vez por semana um daqueles rapazes era escolhido. Quando não era um estranho, de fora do bairro. O que deixava os rapazes frustrados. Quando as mães dos jovens daquela rua notaram que todos os jovens se concentravam no fim da rua naquele horário específico, algumas tentaram proibir seus filhos a fazerem parte daquela concentração no fim da rua. Deu certo para alguns, pra outros não. Alguns até fugiam de casa, contra a vontade e as ordens da mãe para fazer parte do grupo de admiradores de Madalena. Durante dois anos Madalena foi a felicidade aos olhos de todo adolescente daquela rua no horário em que ela sempre vinha para varrer sua calçada. Mas Madalena mudou-se repentinamente e ninguém soube para onde, deixando aquela rua triste e saudosa naquele horário. Pois Madalena era o amor no fim da rua.
Charles Silva
Quando adolescente morava numa rua que, no fim desta rua, também morava uma pessoa especial. Seu nome era Madalena. Todas as mulheres casadas da rua a odiavam, pois ela era considerada inimiga número um das mulheres casadas, por sua beleza física e por seus olhares sedutores. Não havia marido naquela rua que não a admirasse. Isso despertava o ódio das demais esposas conservadoras que moravam naquela rua. Madalena morava sozinha, diziam as más línguas que ela era prostituta. Por certo que ninguém sabia como ela se sustentava, pois estava sempre em casa, ou varrendo a calçada de sua casa com uma saia muito curta, e descaradamente paquerava qualquer homem que passasse na frente de sua casa. Quase todos os jovens da rua já tinham ao menos uma passagem de noite em sua casa. E do ponto de vista de um homem, Madalena era fantástica e inesquecível, especialmente para os jovens inexperientes. De fato, Madalena tinha um corpo muito, mas muito bonito, seus seios eram lindos, bem torneados e duros. Mas Madalena tinha talvez um fetiche, nunca transava com ninguém mais de uma vez. O que deixava todos que a conheciam intimamente bem frustrados, pois todos gostariam de uma segunda vez. Toda manhã, das nove as dez e trinta, ela vinha para frente de sua casa para varrer a calçada. Rapidamente se formava uma concentração de jovens na calçada do outro lado da rua, somente para admirá-la. Todos ali concentrados esperavam e tinham a esperança de também passar uma noite com ela. Todos esperavam sua vez, e ela era quem escolhia muito sutilmente. Ao menos uma vez por semana um daqueles rapazes era escolhido. Quando não era um estranho, de fora do bairro. O que deixava os rapazes frustrados. Quando as mães dos jovens daquela rua notaram que todos os jovens se concentravam no fim da rua naquele horário específico, algumas tentaram proibir seus filhos a fazerem parte daquela concentração no fim da rua. Deu certo para alguns, pra outros não. Alguns até fugiam de casa, contra a vontade e as ordens da mãe para fazer parte do grupo de admiradores de Madalena. Durante dois anos Madalena foi a felicidade aos olhos de todo adolescente daquela rua no horário em que ela sempre vinha para varrer sua calçada. Mas Madalena mudou-se repentinamente e ninguém soube para onde, deixando aquela rua triste e saudosa naquele horário. Pois Madalena era o amor no fim da rua.
Charles Silva