PARA QUE SERVE A SUA CRUZ
O estoicismo foi uma escola de filosofia fundada em Atenas por Zeno, também chamado Zenão de Cítio, no início do século III a.C. Sua filosofia era essencialmente naturalista. Ensinava que todo bem e todo mal era apenas uma consequência da forma como interpretamos os acontecimentos. Por isso os estóicos eram pessoas que suportavam todos os sofrimentos, e em cada coisa que lhes acontecia eles procuravam ver o que isso significava em termos de evolução e aperfeiçoamento espiritual. Alguns estudiosos sustentam que o cristianismo, em sua mais original concepção, ou seja, a sua pureza primitiva, pregada por Jesus, é uma forma de estoicismo.
Uma lenda conta que Zeno, o fundador dessa escola, costumava ensinar seus discipulos com exemplos vivos de comportamento estóico. Ele usava a chamada estratégia peripatética para transmitir sabedoria. Essa estratégia exigia que as aulas fossem dadas em movimento. Assim, Zeno e os discípulos caminhavam pelos campos muitos quilometros por dia, no decorrer dos quais ele ia mostrando a eles como a natureza atua para gerar, desenvolver e manter a vida
Certa vez ele saiu com seus discípulos para uma dessas longas caminhadas. Ao iniciá-la, ele mandou que cada um deles pegasse uma pesada cruz de madeira e a carregasse pelo percurso todo. Ele mesmo pegou uma delas, acomodou-a nos ombros e saiu. Aquela cruz, disse ele, simbolizava as vicissitudes da vida, que todos somos obrigados a carregar.
E assim sairam, arrastando suas cruzes pelos campos pedregosos, com um sol escaldante a queimá-los. Um dos discípulos, achando insuportável aquele fardo, na primeira parada que fizeram para descansar, se afastou do grupo, e sem que ninguém o visse, cortou com sua espada, um pedaço da cruz, tornando-a mais leve. Na segunda parada, e na terceira, cortou mais dois pedaços, tornando-a mais leve ainda. E orgulhoso da sua esperteza, misturou-se aos demais discípulos, zombando intimamente dos companheiros, ao ver as costas dilaceradas deles. “Bando de tolos”, pensou.
Era quase noite quando chegaram á margem de um rio. Logo avistaram, do outro lado, um magnífico jardim, que aos olhos de todos parecia o lugar mais lindo da terra. Ali parecia reinar a mais perfeita paz e a mais sublime felicidade.
“ Do outro lado deste rio” disse Zenão, “estão os Campos Elísios (o paraiso grego). “É para lá que eu os estou conduzindo. O paraíso é o prêmio dado para aqueles que aprenderam a carregar o fardo da vida com sabedoria. Todos vocês podem passar para o outro lado e ganhar o prêmio que conquistaram. Mas cada um só pode atravessar o rio usando como ponte a sua própria cruz.”
Todos conseguiram atravessar, menos o discípulo esperto, porque sua cruz não dava para chegar até a outra margem do rio.
O estoicismo foi uma escola de filosofia fundada em Atenas por Zeno, também chamado Zenão de Cítio, no início do século III a.C. Sua filosofia era essencialmente naturalista. Ensinava que todo bem e todo mal era apenas uma consequência da forma como interpretamos os acontecimentos. Por isso os estóicos eram pessoas que suportavam todos os sofrimentos, e em cada coisa que lhes acontecia eles procuravam ver o que isso significava em termos de evolução e aperfeiçoamento espiritual. Alguns estudiosos sustentam que o cristianismo, em sua mais original concepção, ou seja, a sua pureza primitiva, pregada por Jesus, é uma forma de estoicismo.
Uma lenda conta que Zeno, o fundador dessa escola, costumava ensinar seus discipulos com exemplos vivos de comportamento estóico. Ele usava a chamada estratégia peripatética para transmitir sabedoria. Essa estratégia exigia que as aulas fossem dadas em movimento. Assim, Zeno e os discípulos caminhavam pelos campos muitos quilometros por dia, no decorrer dos quais ele ia mostrando a eles como a natureza atua para gerar, desenvolver e manter a vida
Certa vez ele saiu com seus discípulos para uma dessas longas caminhadas. Ao iniciá-la, ele mandou que cada um deles pegasse uma pesada cruz de madeira e a carregasse pelo percurso todo. Ele mesmo pegou uma delas, acomodou-a nos ombros e saiu. Aquela cruz, disse ele, simbolizava as vicissitudes da vida, que todos somos obrigados a carregar.
E assim sairam, arrastando suas cruzes pelos campos pedregosos, com um sol escaldante a queimá-los. Um dos discípulos, achando insuportável aquele fardo, na primeira parada que fizeram para descansar, se afastou do grupo, e sem que ninguém o visse, cortou com sua espada, um pedaço da cruz, tornando-a mais leve. Na segunda parada, e na terceira, cortou mais dois pedaços, tornando-a mais leve ainda. E orgulhoso da sua esperteza, misturou-se aos demais discípulos, zombando intimamente dos companheiros, ao ver as costas dilaceradas deles. “Bando de tolos”, pensou.
Era quase noite quando chegaram á margem de um rio. Logo avistaram, do outro lado, um magnífico jardim, que aos olhos de todos parecia o lugar mais lindo da terra. Ali parecia reinar a mais perfeita paz e a mais sublime felicidade.
“ Do outro lado deste rio” disse Zenão, “estão os Campos Elísios (o paraiso grego). “É para lá que eu os estou conduzindo. O paraíso é o prêmio dado para aqueles que aprenderam a carregar o fardo da vida com sabedoria. Todos vocês podem passar para o outro lado e ganhar o prêmio que conquistaram. Mas cada um só pode atravessar o rio usando como ponte a sua própria cruz.”
Todos conseguiram atravessar, menos o discípulo esperto, porque sua cruz não dava para chegar até a outra margem do rio.