A caixa
Assim que entrou no prédio, o porteiro informou-lhe que havia chegado uma caixa pelo correio. Ela agradeceu a ele, agarrou a caixa, saiu em disparada para o elevador. Mal conteve a ansiedade das mãos, pensou alto “Vou estrear isso hoje!”.
Apertou o botão do elevador, seus dedos tamborilavam a embalagem energicamente. Esperou, suspirou, olhou para o relógio quase cinco minutos de expectativa. Mas, a ansiedade era tanta que no decorrer do tempo à espera virou irritação, pois o infeliz do elevador não chegava.
Para recuperar o controle respirou fundo, tentou lembrar-se dos mantras da aula de yoga, contou até dez, fez exercícios de respiração, ... o tempo parecia não passar.
Finalmente, quando o elevador chegou, abriu a porta. Nesse instante ela se deparou com um casalzinho se beijando, não perdeu a oportunidade e largou o verbo: “É foda! Por que não vão para o motel? Esse prédio é de gente de família!”. O casal saiu sem graça, e bem rapidinho evitando os olhares de reprovação.
Ela entrou e foi logo apertando o botão. O elevador subiu vagarosamente até chegar ao décimo quarto andar. Empurrou a porta com uma das mãos, na outra segurava seu mimo. Chegou ao apartamento buscou a chave na bolsa. Procura dali, tira coisas de dentro, “Que suplício! Devo tá pagando pecado de outras vidas, só pode ser” pensou. Resolveu sacudir a bolsa e tudo o que estava dentro rolou pelo chão. Isso a irritou mais, pegou a chave, abriu a porta e com os pés chutou as coisas que estavam no chão para dentro do apê, bateu a porta com força.
Logo em seguida, abriu a embalagem, mas o que saltou da caixa primeiro foram as instruções de uso, ela refletiu "Não vou precisar ler isso agora". Voltou a se concentrar na busca do objeto, que veio tão bem embalado, "Deve ser melhor do que a propaganda mostrou", conjecturou.
"Uau!!!" gritou, pegou objeto com todo cuidado. Ele era grosso, liso e lustrado. Depois o enlaçou nos braços, rodopiou pelo quarto. No entanto, para usá-lo precisava carregar a bateria, analisou “Poderia ser à pilha”. Botou a bateria para carregar, foi tomar um banho bem gostoso. Deitou na cama, virou a foto do marido para baixo. Passou à tarde inteira se deliciando.
Apertou o botão do elevador, seus dedos tamborilavam a embalagem energicamente. Esperou, suspirou, olhou para o relógio quase cinco minutos de expectativa. Mas, a ansiedade era tanta que no decorrer do tempo à espera virou irritação, pois o infeliz do elevador não chegava.
Para recuperar o controle respirou fundo, tentou lembrar-se dos mantras da aula de yoga, contou até dez, fez exercícios de respiração, ... o tempo parecia não passar.
Finalmente, quando o elevador chegou, abriu a porta. Nesse instante ela se deparou com um casalzinho se beijando, não perdeu a oportunidade e largou o verbo: “É foda! Por que não vão para o motel? Esse prédio é de gente de família!”. O casal saiu sem graça, e bem rapidinho evitando os olhares de reprovação.
Ela entrou e foi logo apertando o botão. O elevador subiu vagarosamente até chegar ao décimo quarto andar. Empurrou a porta com uma das mãos, na outra segurava seu mimo. Chegou ao apartamento buscou a chave na bolsa. Procura dali, tira coisas de dentro, “Que suplício! Devo tá pagando pecado de outras vidas, só pode ser” pensou. Resolveu sacudir a bolsa e tudo o que estava dentro rolou pelo chão. Isso a irritou mais, pegou a chave, abriu a porta e com os pés chutou as coisas que estavam no chão para dentro do apê, bateu a porta com força.
Logo em seguida, abriu a embalagem, mas o que saltou da caixa primeiro foram as instruções de uso, ela refletiu "Não vou precisar ler isso agora". Voltou a se concentrar na busca do objeto, que veio tão bem embalado, "Deve ser melhor do que a propaganda mostrou", conjecturou.
"Uau!!!" gritou, pegou objeto com todo cuidado. Ele era grosso, liso e lustrado. Depois o enlaçou nos braços, rodopiou pelo quarto. No entanto, para usá-lo precisava carregar a bateria, analisou “Poderia ser à pilha”. Botou a bateria para carregar, foi tomar um banho bem gostoso. Deitou na cama, virou a foto do marido para baixo. Passou à tarde inteira se deliciando.