Restou de um sonho.
 
Notei que o dia já havia raiado, era cedo e resolvi dormir mais um pouco. Sonhei que estava numa praça, num lugar ermo e estranho. Parecia o limite de uma pequena cidade abandonada no mundo. Fazia frio e eu estava bem agasalhada. Escolhi um banco para me alojar. Bem próximo havia um outro maior, onde já se encontrava um homem. Este apoiava sua cabeça em suas mãos cruzadas. Seu rosto mostrava rugas de indignação, ou causadas por imensa tristeza. Talvez por causa de um fracasso amoroso, pensei. O homem não tirava os olhos do infinito. De repente ele começou a cantar versos melancólicos, que eu nunca havia ouvido. Contavam momentos tristes de uma vida sofrida. Nisso eu comecei a acordar e ainda ouvi de sua voz o final da canção: Esse caminho sai desta praça, é uma estrada que não tem fim.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 24/06/2013
Reeditado em 01/01/2017
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