Conto Reciclado- A Carta Que Não Escrevi

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Não ouço meu cérebro, deve ser mais um trote!

As gavetas da memória que abri, nada encontrei...

As cinzas dos cigarros são retratos que deixei...

O vicio me consome ou me comove

Meus pais não tem bandeira, regras ou camas

Castas, seitas... Decotes, seios e pernas

Cóleras vulcânicas e mímicas frenéticas

O lascivo peito esquerdo da antropofágica dama

Olha de soslaio “como era gostoso meu Frances”

Cavalo dado se quebra os dentes?

Filhos flutuam em cartões ausentes

Coisas de butique e não sou freguês

O musgo amante declina ao armário... Farsesco

Não ensaiamos esse seu ato nobre... Burlesco

Lesma amiga... Onde estão as malditas pilulas?

Caracol prismático fechado eclipse e virgula

A padaria astral requenta doce, os aramaicos

Raso... Riscas de giz e cera... Um estranho direito

Aqui no canto do olho e do cerebelo

Deixo a sombra, as velas em partida... O mastro

Lola... Lola... Essa carta eu não escrevi

Se vier e ver... as palomas de amsterdam

Vamos correr segredos nos fundos da vã

Jorge, Gil eu digo... Esse decreto não orei ou li

Sentem-se aqui ao lado das mulheres de sal

Cão querido, traga o controle da TV e pilhas

Vai começar a guerra do bem e do mal

E tudo será eterno novamente... Melodias

.•°*”˜˜”*°•. .•°*”˜˜”*°•. .•°*”˜˜”*°•. Abaixo algumas informações:

Farsa ou Farsesco

O Farsesco ou Farsa é um gênero dramático predominantemente baixo cômico, de ação trivial, com tendência para o burlesco (cômico; ridículo). Inspira-se no cotidiano e no cenário familiar e é o mais irresponsável de todos os tipos de drama.

Caracteriza-se por seus personagens e situações caricatas. Se distingue da comédia e da sátira por não preocupar-se com a verossimilhança nem pretender o questionamento de valores. Busca apenas o humor e, para isso, vale-se de todos os recursos; assuntos introduzidos rapidamente, evitando-se qualquer interrupção no fio da ação ou análises psicológicas mais profundas; ações exageradas e situações inverossímeis.

Sua estrutura e trama são baseadas em situações em que as personagens se comportam de maneira extravagante, ainda que pelo geral mantêm uma quota de credibilidade. Seus temas e personagens podem ser fantásticos, mas podem ser críveis e verossímios.

Embora existam elementos farsescos nas comédias de Aristófanes e Plauto, a farsa originou-se nos mimos medievais. Recorre a estereótipos (a alcoviteira, o amante, o pai feroz, a donzela ingênua) ou situações conhecidas (o amante no armário, gêmeos trocados, reconhecimentos inesperados).

Surgiu em meados do Século XII com o Teatro Medieval e suas divisões: o Teatro Sacro (tratava de milagres, autos, moralidades e mistérios) e o Teatro Profano (Farsas). Nas representações profanas usavam-se as "farsas", os "arremedos burlescos", que tinham o objetivo de arrancar gargalhadas do público.

No Renascimento, autores dedicaram-se ao gênero, entre eles Gil Vicente com a trilogia satírica das Barcas - o "Auto da Barca do Inferno" (1516), "Auto da Barca do Purgatório" (1518) e "Auto da Barca da Glória" (1519) - misturando elementos alegóricos religiosos e místicos.

O Burlesco

O Burlesco é uma arte performativa que remonta a 1600 e que pode misturar vários tipos de disciplinas (teatro, circo, ballet, pantomina, entre outros) . É um descendente da Commedia dell'arte, tendo por isso uma grande componente de comicidade. O renascimento do Burlesco na década de 80, com performers como a Dita Von Teese a trazerem o Burlesco para um circuito mais mainstream (o que não tinha acontecido até então), adicionam ainda mais variedade à disciplina, gerando um movimento - Neo Burlesque, com números muito mais risqué, como os da performer Empress Stah. Passamos agora por um momento único na história do Burlesco, com o nascimento do Boylesque - performers masculinos de Burlesco.

Ao contrário do que se pode pensar, o Burlesco não se trata de um grupo de strippers que se apresentam num palco, muito pelo contrário.

O Burlesco é um directo descendente da chamada Commedia dell'arte, uma forma de teatro de improviso que se realizava em Itália, muito popular entre os séculos XV e XVII. Eram pequenas companhias compostas no máximo por 10 elementos que viviam das contribuições populares aquando das suas performances ao ar livre.Versavam temas convencionais da época como o ciúme, o adultério, os afectos e mesmo alguns peças de comédias romanas e gregas perdidas no tempo. Muitas dessas peças romanas e gregas tinham personagens que satirizavam escândalos locais, eventos da altura, gostos regionais, piadas variadas de caríz cultural, etc. Ainda hoje conseguimos identificar muitas dessas personagens que se foram afirmando na Commedia dell'arte, como o Arlequim, a Colombina, o Brighella, entre outros.

Antropofagia é o ato de consumir uma parte, ou várias partes da totalidade de um ser humano. O sentido etimológico original da palavra "antropófago" (do grego anthropos, "homem" e phagein, "comer") foi sendo substituído pelo uso comum, que designa o caso particular de canibalismo na espécie humana.1 . Por sua realização em contexto mágico cerimonial ou patológico não deve ser classificada ou compreendida como um hábito alimentar, o que não se aplica ao canibalismo, na maioria das vezes associado ao comportamento predatório. Observe-se também que muitos autores utilizam esses termos indistintamente.

O Movimento Antropofágico* ( contido nesta obra) foi uma manifestação artística brasileira da década de 1920, fundada e teorizada pelo poeta paulista Oswald de Andrade. Aprofundando a ideologia da Poesia Pau-Brasil, que desejava criar uma poesia de exportação, o movimento antropofágico brasileiro tinha por objetivo a deglutição (daí o caráter metafórico da palavra "antropofágico") da cultura do outro externo, como a norte americana e europeia e do outro interno, a cultura dos ameríndios, dos afrodescendentes, dos eurodescendentes, dos descendentes de orientais, ou seja, não se deve negar a cultura estrangeira, mas ela não deve ser imitada. Foi certamente um dos marcos do modernismo brasileiro.

Aramaico é uma língua semítica pertencente à família linguística afro-asiática. O nome da língua é baseado no nome de Aram,1 uma antiga região do centro da Síria. Dentro dessa família, o aramaico pertence ao subgrupo semítico, e mais especificadamente, faz parte das línguas semíticas do noroeste, que também inclui as línguas canaanitas assim como o hebraico e o fenício. A escrita aramaica foi amplamente adotada por outras línguas, sendo assim, ancestral do alfabeto árabe e hebraico moderno

OTAVIO JM
Enviado por OTAVIO JM em 04/06/2013
Código do texto: T4325367
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