NA JANELA
Tarde de março. Calor escaldante.
Cristiano chega cansado e avista no centro da cidade um Santuário. É a cidade de Cianorte, no oeste Paranaense. Ao lado dessa casa de orações, uma bela e frodosa área verde, com árvores antigas e verdejantes.
Cristiano ouve, da mata, o convite:
Se estás cansado, vem à mim que te dou sombra e aconchego.
Ele penetra no interior daquele espaço verde e se sente como se tivesse encontrado o colo da mãe.
Senta-se num banco à sombra de uma frondosa árvore. Abre a janela
do tempo e um filme dos dias passados,lhe vem a memória.
De Torres ao norte de Santa Catarina, foram seis meses de andanças. Muitas experiências vividas e sentidas!
Conheci gente simples, trabalhadores humildes, pescadores, colonos de pouca terra, marceneiros, caminhoneiros e tantos outros que com seu labor honesto vivem a espiritualidade, na sua essência.
Também, me deparei com pessoas abastadas economicamente, mas que sua vida era um peregrinar de miséria afetiva.
Encontrei nas cidades, meninos de rua. Cada criança carregava uma história de abandono, de desafeto e de insegurança. No meio deles, adultos entregues ao desencanto da vida, jogados pelas calçadas.
Para todos procurei levar uma palavra de ânimo, um raio de esperança. Minha posição de andarilho facilitava a aproximação e a confiança de quase todos. Anotei nomes, endereços e história de vida de todos para um serviço "à posteriore". Esses apontamentos, eu os fazia nas noites que eu me recolhia em algum albergue, por mim procurado.
As horas se passaram. O sino do Santuário anuncia a hora da Missa.
Cristiano recolhe sua mochila e vai até o Santuário para rezar.
Lourdes Borges.
18/05/2013.
Tarde de março. Calor escaldante.
Cristiano chega cansado e avista no centro da cidade um Santuário. É a cidade de Cianorte, no oeste Paranaense. Ao lado dessa casa de orações, uma bela e frodosa área verde, com árvores antigas e verdejantes.
Cristiano ouve, da mata, o convite:
Se estás cansado, vem à mim que te dou sombra e aconchego.
Ele penetra no interior daquele espaço verde e se sente como se tivesse encontrado o colo da mãe.
Senta-se num banco à sombra de uma frondosa árvore. Abre a janela
do tempo e um filme dos dias passados,lhe vem a memória.
De Torres ao norte de Santa Catarina, foram seis meses de andanças. Muitas experiências vividas e sentidas!
Conheci gente simples, trabalhadores humildes, pescadores, colonos de pouca terra, marceneiros, caminhoneiros e tantos outros que com seu labor honesto vivem a espiritualidade, na sua essência.
Também, me deparei com pessoas abastadas economicamente, mas que sua vida era um peregrinar de miséria afetiva.
Encontrei nas cidades, meninos de rua. Cada criança carregava uma história de abandono, de desafeto e de insegurança. No meio deles, adultos entregues ao desencanto da vida, jogados pelas calçadas.
Para todos procurei levar uma palavra de ânimo, um raio de esperança. Minha posição de andarilho facilitava a aproximação e a confiança de quase todos. Anotei nomes, endereços e história de vida de todos para um serviço "à posteriore". Esses apontamentos, eu os fazia nas noites que eu me recolhia em algum albergue, por mim procurado.
As horas se passaram. O sino do Santuário anuncia a hora da Missa.
Cristiano recolhe sua mochila e vai até o Santuário para rezar.
Lourdes Borges.
18/05/2013.