A dor volta, re-volta, viravolta
Resolvi nessa manhã de céu claro, me trancar em meu quarto escuro com minha xícara de café e meu computador.
Resolvi poetizar. Rascunhar a dor que aflige meu peito. Dor essa que já desconhecia ... que não tinha a menor intenção que voltasse ... que não queria, de maneira alguma, sentir novamente.
Resolvo também, que não irei sair pra trabalhar e nem tanto pra comer, namorar, me divertir. Quero apenas hoje viver dessa intensidade maldita que cobre minha alma. Quero simplesmente chorar até que não existam mais lágrimas a correr ... quero apenas ... apenas ficar só.
Quero que as pessoas percebam o quanto dói não ter apoio e nem tanto carinho. O quanto dói ser diariamente criticada. O quanto dói volta e meia ter que abrir mão de pequenos e tangíveis sonhos. O quanto dói viver num mundo onde pessoas não acreditam em si mesmas.
O quanto dói viver.
Hoje não fazia vento e nem tanto muito sol quando acordei.
É um dia tranquilo e diferente.
Dia esse em que acordei estupidamente triste.
(Não venha me dizer que está ao meu lado e que gosta de mim, até porque eu também gosto de você e essa minha dor que vós digo, não tem nada a ver)
Essa dor eu só senti noutra vez a um ano atrás mais ou menos. Depois de ter conhecido novas pessoas, novos ares, passou. Morreu. Volta e meia me via em profunda melancolia, nostalgia, mas era passageiro. E hoje, ver essa dor voltar é algo enlouquecedor.
Não abrirei mão de meu amor e nem tanto de meus sonhos.
Nem que para isso eu tenho que abrir mão de todo um caminho que tenho.
Mas farei isso ... na esperança de que essa dor se vá até nunca mais.