Arvoredo
Poderia bem se contar assim, como num todo, este conto. Fosse todo este mundo um mundo feito de cheiros e verdes, poderia bem se contar assim, como num todo. E conto: Carvalho, Cássia e Cajá; Congonha, Candeia, Cambucá; Palmeira Rosa, Palmeira Branca e Indaiá; Ucuuba, Urvalheira, Urucum, Inuíba e Ingá; Arruda, Aroeira, Aurora e Araçá; Guaraperê, Graviola, Gameleira, Guaritá; Baru, Bacupari, Buriti e Biribá... E mais os Ipês, as Mangueiras, as Jabuticabeiras, Guamirins, Paineiras e Manacás...
O que se deu ali, em meio a verdes e cheiros, não mudou em nada minha tarde, minha sede, minha rotina; tampouco minha descrença, meu assombro, minha sina.
Nada vale este conto. Nada além de todo o verde que, em verdade, nem havia.