A COTEZÃ VIRGEM - Csp xxv

A CORTEZÃ VIRGEM – Cap. XXV

Jaade disse isso; abraçando-a e choraram!

No dia seguinte, Rogerio chegou. Então Joice pediu para chamar o tabelião, e deixou todos os seus bens para Magda. Muito embora não lhe restasse muita coisa. A casa, e algum dinheiro que tinha no banco!

Joice foi levada para a fundação, e depois de um mês veio falecer!

Jaade e Rogério, como haviam prometido a Joice; não falaram para Jessika!

Como o tempo apaga tudo, as reuniões voltaram acontecer com muito cuidado, para que o senhor Juventino não soubesse de nada. Por que este por sinal estava se dando muito bem. Havia recuperado a saúde, como também a Dona Lucrecia também ficou boa!

Oracio não quis ir para capital. Ficou com a família e a avó.

Magda veio morar com os pais no sítio, e não demorou par arranjar um casamento.

Jessika viajou, depois de passar uns dias em Serrania na casa do irmão. Ali naquela casa onde sua benfeitora passou os piores dias da sua vida! Encontrou com o padre Jonathas. Era uma coisa que precisava, era este encontro, antes de fazer uma grande viagem.

Precisava passar também em São Paulo. Queria rever Helhinho. Saber como estava àquela cabecinha, e o que ela ainda sentia por ele! Por que nesta viagem ela resolveria sua vida para sempre. A sua grande paixão pelo homem que neste momento está muito feliz na sua fé, na sua opção de vida!

Pode-se deduzir sem erro que ele não a amava como demonstrou um dia. Mesmo por que ele a trocou pelo sacerdócio, a grande paixão da sua vida!

- Jessika foi apenas arrufo da mocidade. Ela o perdoou por que foi o que sentiu um dia pelo Helhinho!

Um ano ela ficou fora do País. Voltou ás pressas, pois deveria vir para o casamento da Jaade e Dr. Rogerio!

No porto uma surpresa: O Alvaro estava juntamente com a família á espera dela. Não entendia como Alvaro soube a respeito de sua volta. O dia e à hora!

É claro que só podia ter sido Jaade. Mas ela foi a primeira a afastar o Alvaro da sua vida! Como é que agora ela o havia informado da sua volta? E por que, se ela sabe que não o amo. Se algum dia eu tive algum interesse por ele, tudo terminou naquele dia.

O que será que está acontecendo? E o que vou fazer agora com esta gente. O que será que eles querem de mim?

É nestas horas que sinto falta de Jaade; pensava enquanto resolvia o seu desembarque.

É claro que eles já viram que ela já os tenha visto, mas o que não sabiam que ela não tinha gostado da surpresa!

Sempre inconveniente: pobre Alvaro! Mas agora ela não podia desfeita-lo, não aceitando esta gentileza do Alvaro, e sua família esperá-la no porto.

Mas isso se explicará logo, por que Jaade Rogerio já devem estar para chegar. Então eles vão me explicar o que está acontecendo!

Alvaro e a família se dirigiram para ela, e com muita afabilidade lhe desejou um feliz regresso. Então ela perguntou como eles souberam do dia e da hora que ela chegaria. E por que a presença da família dele ali no porto. Jessika, disse Alvaro: “Eu quis fazer a coisa desta vez direito. Não quero arriscar perdê-la novamente”!

- Perder-me?! Mas o que você está dizendo, Alvaro?

- Que eu a amo, e quero me casar com você. E para isso pensei em trazer minha família para fazer-lhe uma surpresa, e aproveitar para pedir sua mão em casamento!

- Você pedir a minha mão?

- Não minha filha, eu é quem quer pedir a sua mão em casamento para o meu filho.

Sabe, por mais que ele descrevesse sua beleza, creia; não foi compatível. Você é ainda mais bonita do que ele possa ter descrito.

- O senhor está exagerando!...

- Val Verde! Mauricio Val Verde! Eu não estou exagerando minha filha. Você é muito bonita!

- Obrigada pela gentileza; mas senhor, o seu filho não me preveniu desta loucura que desejava fazer!

- Loucura?! Por que loucura, vocês não se amam?

- Senhor Val Verde, por que não discutimos este assunto na minha casa?

- Seria óbvio, Jessika. Mas este meu filho, nunca faz as coisas da maneira certa!

Então? Posso contar com a sua visita na minha casa amanhã?

- Por que estou chegando, e nem sei como encontrar as coisas na minha casa!

- Perfeito minha filha, amanhã!

- Está bem. Os espero para o jantar!

- Jessika, é como disse o meu pai, eu nunca faço as coisas certas, mas deixe eu os apresentar: “Este é o meu pai Mauricio. Ele já se apresentou. Esta minha mãe, Laura; minha irmã Célia; e esta é a caçula Elisa. Ainda tenho outro irmão; Josias!”

Bem, disse Alvaro para a família: “Esta é Jessika”, a mulher que amo e que desejo me casar com ela! Depois da apresentação meio conturbada, ficou acertado que a família Val Verde; jantariam na casa de Jessika. Então formulariam o pedido de casamento!

Quando Jessika chegou a casa ninguém a esperava naquele momento, pois todos haviam ido para o porto esperá-la!

O que houve foi apenas precipitação dela Jessika, pelo fato talvez da surpresa feita pelo Alvaro. Então ela nem esperou que a família, ou melhor; Jaade; e Rogerio chegasse para apanhá-la.

Só quando perguntou aos demais criados pela Jaade, é que se deu pelo que fez!

Jaade e Rogerio ficaram intrigados, quando não a encontraram no porto. Procuraram e se certificaram com a companhia, se ela havia desembarcado em Salvador!

Afirmaram que sim.

Então eles não entenderam por que ela não esperou. Eles se atrasaram poucos minutos para chegarem ao porto. O que não a justificava ter ido para casa sem esperá-los.

Quando chegaram a casa, esperavam que Jessika estivesse aborrecida com eles, mas qual não foi á surpresa.

Meus amigos, disse Jessika: - Me desculpem, por não ter esperado por vocês. Aconteceu um imprevisto. Havia uma família me esperando, e tiveram a fineza de trazer-me até aqui!

Mas o que me intriga, é como eles sabiam o dia, e a hora que eu chegaria, e em que barco!

- Jessika, você está dizendo que alguém foi informado da sua chegada?

Exatamente! Quem os informou?

Eu, disse Rogerio!

Você? E por que fez isso?

Por que ele queria fazer-lhe uma surpresa!

- E que surpresa, Rogerio! Sabe quem estava com ele? Toda a família! E sabe para que? Para me pedir em casamento!

- Casamento? Perguntou a Jaade brincando. Não é todo dia que desembarcamos de um navio, e encontramos alguém nos esperando para um pedido de casamento!

- Você brinca Jaade! O que vou fazer agora? Amanhã estará aqui toda a família que solenemente vem pedir minha mão! Isso é muito sério: - Principalmente se tratando de uma pessoa que detestamos não Rogerio, disse Jaade brincando. Jessika, quando estiver desocupada, e passar um pouco a emoção do pedido de casamento, por que não me da um abraço, depois de tanto tempo. Não sentiu saudades?!

- Meus queridos, desculpem-me. Eu morria de saudades e não via a hora de abraçá-los. E saber como vai tudo por aqui!

Jessika; por favor, vamos aos seus aposentos!

Depois que o Rogerio foi embora, Jaade subiu para conversar com ela.

Então, Jaade, que loucura é esta do Alvaro me pedir em casamento? O que você sabe a respeito?

Nós não sabíamos o que fazer! Um dia deste Alvaro chegou aqui, disposto arrancar de nós de qualquer maneira a informação da sua chegada!

- Nós sabíamos que este pedido ia acontecer, mas não desta forma. Eu hesitei em informá-lo, mas Rogerio achou que isso deveria ter uma resolução, fosse bem, ou mal. Mas a coisa ficou mal parada entre vocês dois. E como Rogerio entendeu que ele estava disposto a conquistá-la de qualquer maneira, então deu a informação que ele queria, mas nunca pensamos que isso pudesse acontecer.

- Fizeram bem! Mas agora, o que eu faço Jaade; devo aceitar, ou não? - Diga-me uma coisa, Jessika. O que você sente por ele?

Não sei! Ás vezes desprezo; ódio; mas não posso com tudo; continuar me enganando! Você sabe que eu o amo!

- Eu sabia disso, abraçando-a Ninguém no mundo merece mais ser feliz de que você, minha amiga!

- Este homem a ama também!

- Mas quanto á família dele, aceitará como nora uma...

- Uma; o que Jessika?

- Você sabe!

- Realmente, sei! Uma pessoa maravilhosa, digna como não se encontra por aí!

- E você acha que eu devo falar para os pais dele o que faço?

- A verdade!

- Toda a verdade?

- Toda. Sem esconder nada! Por que esconder?

- Quanto aos meus pais?

- Bem, eu acho que você deveria conversar com os pais do Alvaro, sem a presença dos seus.

- Depois então que ele faça o pedido oficialmente aos seus pais!

- É. Talvez você tenha razão. Precisamos pensar. Mas não temos muito tempo.

Amanhã eles jantarão conosco, e naturalmente farão o pedido!

- Marque data para a oficialização do pedido. Enquanto isso; providenciaremos a vinda dos seus pais!

Você já pensou que a casa deverá fechar definitivamente? Disse Jaade!

- Este é mais um problema! Mas não vamos pensar nisso agora!

- Diga-me Jaade: “Você está certa de que deve se casar com o Rogerio?”

- Eu creio que ele já está curado da doença que sofria. “Joice”!

- E você tem certeza de que o ama de verdade?

- Creio que sim!

- Está bem minha amiga, vocês merecem ser felizes!

No dia seguinte, na hora marcada, a família Val Verde se apresentou para o jantar; no qual falariam sobre o casamento.

Jessika passou todo o dia tensa. Jaade não entendia por que este nervosismo, e começou a se preocupar. Então a chamou na beira do lago, e depois de conversar muito sobre tudo, até mesmo da loucura que ela fizera tentando o suicídio, inconscientemente, mas tentou!

Conversaram sobre Joice, sobre os acontecimentos da cidade de Serrania, envolvendo Magda, Joice e Dez.

Em fim de todos os assuntos que podiam irritá-la, a ponto dela falar sobre a pressão que estava sentindo!

Não conseguindo seu intento, Jaade perguntou bruscamente: -“Jessika, por que você vai se casar com o Alvaro?”

- Pôr que? Eu não estou entendendo esta sua pergunta, Jaade!

- Não? Então eu vou fazer a mesma pergunta que você me fez!

“Você está certa de que quer se casar com o Alvaro?” Eu lhe disse que estava; e você está?

Aquela pergunta a abalou consideravelmente! E o fato de estar esperando a família do Alvaro para ser feito o pedido de casamento, deixava-a ainda mais nervosa. Então Jaade percebendo, procurou mais uma vez evitar que a amiga fizesse mais uma loucura; unindo a um homem sem amá-lo.

- Por que então Jessika, perguntou Jaade! Por que aceitar este casamento?

- Jessika estava a ponto de ter uma crise nervosa, algo que não tinha á muito tempo. Dirigiu para a beira do lago e disse em gritos: “Eu sou covarde, eu sou covarde!” Poderia resolver este problema dando apenas mais um passo!

Jaade, trêmula, com medo até de dar um passo em sua direção, que estava pendendo para o sumidouro, e que poderia perder o equilíbrio e cair no lago, e então adeus Jessika! Por que nunca caiu alguma coisa ali e voltou, ou se soube para aonde foi!

Jaade, mesmo paralisada, mas vendo a amiga em apuros disse: “Jessika você está sendo muito egoísta. Você não pensa em ninguém! Nem em mim, nem nos seus pais. Só em você mesma. Você é egoísta sabe? Então, o que está esperando? Pule no lago, termine com esta agonia! Vamos, pule, pule! Por que se você pular, eu pulo com você!” Com isso Jessika estremeceu, e Jaade conseguiu ficar mais perto dela no caso de uma tentativa de suicídio.

- Querida, me dê a sua mão, por favor. Nada vale a nossa vida! Lembre-se meu amor, que você tem uma responsabilidade agora, muito grande, muito maior do que antes. Você tirou seus pais de Serrania. Bem ou mal, eles estavam no meio de conhecidos, da família. Trouxe-o para cá, lhes deu uma vida que nunca tiveram, e o que você sempre sonhou, e agora quer abandoná-lo a própria sorte. Que tipo de filha é você?

Ela deu a mão para Jaade, que a puxou quase violentamente para longe da borda do lago.

Abraçaram-se e choraram! Então ela perguntou á amiga. É verdade, se eu pulasse no lago, você pularia também?

Com certeza!... Acredite, e nunca se esqueça; nossas almas são gêmeas! Agora eu consigo acreditar nisso. Pelo amor que sinto por você; que nunca a conheci, nunca soube da sua existência, e hoje não consigo viver sem saber que você é realmente feliz!

Jaade deixou que ela chorasse tanto que desejasse. Isso ia aliviar aquela pressão que estava sentindo no peito, e pudesse se acalmar e conversarem; e entender o que realmente estava passando na cabeça e no coração da amiga. Assentaram num banquinho perto do lago, e Jessika recostou no ombro dela soluçando.

Jaade esperou passivamente que ela se acalmasse! Depois falou com vós velada: - Jaade querida me perdoa, você tem razão! Eu estou sentindo muita pena de mim mesma! Eu sou uma egoísta, covarde, medrosa!

- Medrosa?! Você medrosa? Por que se considera medrosa?

Ela hesitou um pouco depois disse: “Sabe? Eu tenho medo de não ser feliz! Eu tenho medo de...”

- Fale querida, de que você tem medo?

- Eu tenho medo de homem! Eu sei que nunca serei uma mulher como as outras, que possa fazer qualquer homem feliz!

- Meu amor, que asneira é esta? Você é uma mulher normal como todas as outras!

- Não, não sou!

- Meu Deus, minha amiga, o que você está falando? Isto é uma grande asneira! Como você pode assegurar uma coisa desta, se você nunca tentou você é...

- Sim, eu sou virgem! E é por isso mesmo que sou virgem!

- Eu não estou entendendo nada, Jessika.

- Explique-se melhor!

- Por favor, querida, não tente entender!

Elas voltaram para casa, e Jessika foi direta para os seus aposentos!

Depois que se certificou de que ela estava bem, Jaade mandou chamar Rogerio, e contou o que havia acontecido. Então Rogerio disse que era apenas um momento difícil que ela estava atravessando!

- Não Rogerio, não é isso. Bom seria que fosse, mas não é!

- Então o que você pensa que seja

- Não sei. Ela falou em medo! Que não é igual ás outras mulheres!

- Sabe Jaade, se eu não fosse seu médico, até poderia interpretar esse medo como se ela tivesse alguma anormalidade, mas eu lhe asseguro que não. Ela é perfeita!...

- Que susto Rogerio. Cheguei até pensar!...

- E agora o que fazer? Os pais do Alvaro; vem esta noite fazer o pedido de casamento!

- Eu vou conversar com ela.

- Não acho uma boa idéia, principalmente agora; e depois eu não acho que seja um problema para um médico!

Mas você já tentou, e não conseguiu.

Quem sabe seja um problema médico?

A casa foi preparada com muito gosto pela Amelia, para receber a família Val Verde, de acordo com o prestigio que gozava!

O jantar foi servido. Jessika estava muito tensa, mas consciente do que ia fazer! O que não passou despercebido pela Jaade, que começou ficar preocupada, e confidenciou com Rogerio!

Note Rogerio; Jessika não está bem. Deus queira que tudo corra bem, mas tenho as minhas dúvidas!

Depois do jantar, passaram para a sala de estar! Rogerio como sempre; acudindo-a nos momentos cruciantes da sua vida. Disse: “É pena senhor Val Verde, o senhor deve esta sentindo falta dos pais da Jessika, e pode está notando o nervosismo de todos nós!” Aconteceu um imprevisto muito sério, e o senhor Juventino não pode comparecer num momento tão decisivo da vida de sua filha! Eu não sei da sua disponibilidade de tempo. Se houvesse a possibilidade de adiarmos este encontro. O mais breve possível, é claro!

- Bem, Dr. Rogerio, é claro que gostaríamos de resolver este problema, o que não chega a ser problema, e sim um momento cheio de espera ansiosa!

- Mas o senhor há de convir que o senhor Juventino gostaria de participar deste momento!

Alvaro como petrificado olhava para Rogerio, não acreditando no que estava ouvindo. Ele sabia que Jessika não morava com os pais, e nem sabia que os tinha! Mesmo por que ele nunca havia parado para pensar neste detalhe!

- Realmente, papai, nos passou isso, o que pedimos desculpas por não ter perguntado por eles.

Jessika não estava entendendo, mas Jaade entendeu perfeitamente!

Senhor Mauricio perguntou quando poderia ser feito o pedido oficialmente com a presença dos pais dela. Se este imprevisto era conseqüência de doença!

- Sim, disse Rogerio. Ele teve uma alteração de pressão que acusa cuidados maiores! E foi por isso que reclamamos a presença da Jessika aqui!

- Está bem Dr. Rogerio pelo que percebi, o senhor é uma pessoa muito ligada à família, e como tal responsável por ela.

- Realmente, sou o médico e amigo da família!

Alvaro e família se despediram, marcando o novo encontro para dois dias depois. Tempo este que Alvaro entendeu que seria hábil para que Jessika se posicionasse emocionalmente para tomar esta decisão!

Depois que eles saíram, Jessika chamou o Rogerio e Jaade no gabinete, e perguntou:

- Vocês querem me explicar o que estão fazendo? - Será que posso saber desde quando vocês podem tomar decisões por mim?

- Você quer saber mesmo, Jessika?

A CORTEZÃ VIRGEM- Cap. XXVI

- Uma pessoa que está ás vésperas de aceitar um noivado e conseqüentemente, um casamento, não procede da maneira que você procedeu ontem não é mesmo?

É claro que não vamos decidir se deve aceitar ou não, mas que esteja perfeitamente bem emocionalmente, para tomar uma decisão, que será ímpar na sua vida! E o que você chama de bem emocionalmente.

- O c

Lício Guimarães
Enviado por Lício Guimarães em 11/02/2013
Reeditado em 11/02/2013
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