A CORTEZÃ VIRGEM Cap. IX
A CORTEZÃ VIRGEM – Cap. IX
para reuniões. Abra-a quando quiser para festa, ou para qualquer evento, se for da sua vontade. Você é jovem e precisa se divertir. Tenho certeza de que Rogério a ajudará!
- Rogério! Rogério!...Eu não quero saber do Rogério, eu queria mesmo era você aqui perto de mim, dos seus negócios. Eu não consigo conceber a idéia de ficar aqui! Eu não posso, eu vou embora; desculpe-me!
- Está bem!
- Então terei que protelar minha viagem até preparar alguém que possa me substituir. Só não sei se minha saúde pode esperar! Poderá ser muito tarde!
- Muito tarde para que Joice?
- Eu lhe disse que vou ao exterior fazer um tratamento. E este poderá ser muito longo. É muito delicado e definitivo!
- Mas você não corre risco de vida?
- Claro que não, e espero que esteja bem logo. Mas fique sabendo que as minhas chances são de um para cem! E é por isso que quero que você tome conta dos meus bens, por que eles na realidade serão seus; por que estou deixando você como minha herdeira universal. Veja por que eu procurei alguém com muito cuidado. Uma pessoa que eu confiasse e gostasse. Eu estava disposta a não lhe contar nada, mas eu não seria honesta comigo mesma, e com você!
- Joice, se eu não queria ficar antes, agora é que não fico mesmo. Eu não quero ser sua substituta. Muito menos; sua herdeira! Você ficou louca? Por que eu? Você não tem família?
- Eu não tinha Jessika, e pensei que tivesse uma agora, mas vi que me enganei!
Sabe menina, você é toda a minha família, e eu vou ficar feliz sabendo que você aceita. Acredito até que recuperarei minha saúde mais depressa, sabendo que agora eu tenho uma família! Mas pense bem, você não é obrigada a ficar, mas se decidir ficar, não demore muito, por que cada dia que passa; pode agravar minha doença, e eu preciso tomar algumas providências!
- Está bem, Joice, vou pensar com muito carinho!
- A propósito, eu preciso dar uma saída amanhã, posso?
- Claro; querida! Você precisa perder este hábito de pensar que é uma simples empregada, pedi para sair! Vou colocar o carro a sua disposição!
- Não, não é necessário. Eu vou apenas á casa da Jaade.
- Está bem, mas tem uma condição. Não comente nada! Por favor, eu não quero que ninguém fique sabendo da minha decisão, principalmente Dez!
- Fique tranqüila, eu não comentarei com ninguém.
- Apenas preciso arear a minha cabeça, e nada melhor que uma cabeça de vento como Jaade para nos divertir!
Jessika foi encontrar Jaade, e conversaram sobre a possibilidade de substituir Joice por algum tempo.
- Eu gostaria, disse Jaade. Não vejo a inconveniência! Você consegue, tenho certeza.
- Mas você está se esquecendo de uma coisa, eu não posso fazer o que Joice faz. Como eu poderia fazer as reuniões? Se ela não quer nem que eu fique na sala, e com razão. Eu só iria atrapalhar!
Ela tem razão. Você não quer se libertar!
- Jaade!...
- É verdade, minha amiga. Gente como nós, não podemos ter estes escrúpulos, e privilégio de levar para o leito nupcial a virgindade!
- Não concordo com uma só palavra do que diz; contudo defendo até a morte o direito de dizê-las!
- Você brinca por que não passou o que passei! Muito embora eu tenha me formado em magistério, mas onde morava não tinha nenhuma chance. A que tinha era aquela que já lhe falei! Você nunca precisou pedir um pedaço de pão para matar a fome; e dos seus irmãozinhos! Depois encontrar gente como estes daqui, famintos de sexo, de vaidade, de ter na cama uma menina da nossa idade, ou até bem mais nova!
Eu tinha apenas doze anos: - Sabe Jessika? Eu não terei piedade deles. Paguei muito caro pelo diploma de professora, para depois ser uma... Estes daqui pagarão por aqueles que me fizeram tanto mal. Isso não aconteceu com você, Jessika, felizmente! É muito fácil sorrir agora, Mas creia que por dentro meu coração chora, e clama por vingança!
- Eu não sabia que você tinha tanta revolta dentro de você, minha amiga!
- Qualquer uma teria! Você teve a oportunidade que eu não tive. Se eu tivesse ficado na casa de Joice, ela me daria esta oportunidade de me vingar. Mesmo assim, eu vou lutar!
- Jaade, eu vim aqui pensando que tinha algo muito importante para lhe contar.
Mas vejo que o meu problema é uma gota d’água no oceano, diante do seu!
- Realmente minha amiga; você não tem problema. Pode até escolher o que fazer. Ir embora ou aproveitar a oportunidade de fazer a sua vida!
- É, preciso pensar muito antes de tomar uma decisão. – Sabe, Jaade, eu estive pensando em fazer as reuniões e me manter intacta.
- Você perdeu a razão por certo. Não conhece este pessoal que freqüenta aqui. Você acha possível se manter á distância dos ataques destes miseráveis?
- Claro meu bem, eu farei o possível e o impossível para me manter assim. E não será dinheiro que mudará a minha opinião. Mesmo por que eu não preciso. Só com o casamento me possuirão!
- Você está brincando! Nem por muito dinheiro?
- Por dinheiro nenhum!
- Diga-me Jessika, o que você acha do Rogério?
- Dr. Rogério? Não sei. Nunca pensei nele a ponto de precisar fazer uma avaliação.
- Não mesmo? Ou estou enganada de ter visto alguns olhares...
- Está enganada mesmo minha cara! Depois eu penso, ou melhor; desconfio que exista interesse dele pela Joice e vice-versa!
- Não, querida; não há nada entre os dois; somente uma grande admiração e respeito. Uma amizade platônica. Um amor platônico deste que só existe entre pessoas como eles! Por isso minha amiga o caminho está livre para você.
- Você se engana mais uma vez eu não estou disponível: o meu coração não está disponível. Não é por que estou aqui trabalhando, que não tenho compromisso.
- Desculpe-me, eu não sabia que havia alguém lhe esperando em São Paulo.
- Isso é outra história; mas eu não disse que havia alguém em São Paulo!
- Não é em São Paulo? Mas você confessou que tem!
- Sim, eu lhe disse que tenho alguém, que não estou disponível!
- Conta-me Jessika, quem é ele?
- São loucuras que acontecem na nossa vida! Ás vezes não paramos para pensar, e quando vemos, estamos perdidamente apaixonadas por alguém que não podemos nem pensar!
- Ah! Um amor proibido!
- É sim, mais ou menos proibido! Mas não é deste amor que eu estou falando... Mas para me esquecer deste; me apaixonei por um menino que tem mais ou menos a metade da minha idade, e que não poderá pensar nunca em assumir algo mais forte do que um amor inconseqüente. Um garoto? Que romântico! Como eu gostaria de me apaixonar por alguém assim. Mas me apaixonar de verdade, de ir até a loucura, as últimas conseqüências! Mas na verdade, eu não tenho o direito de me apaixonar por ninguém; não tenho mais este direito, e não quero, entende?
- Mas você precisa ter calma minha amiga, nós duas somos parecidas, estamos no mesmo barco. Apenas você está no leme. Pode dirigir para onde bem quiser. Quanto a mim, não; estou num barco dirigido por um capitão de mãos fortes e sem coração. Maldoso e ambicioso.
Ele me leva para onde quiser! Mas acredite, contudo; que um dia eu conseguirei um remo. Então darei um rumo certo a este barco!
- Você tem razão, Jaade, o nosso grande compromisso, é ser feliz. Lutar sempre para conseguir a felicidade. Não desistir nunca. Acredite! E você vai conseguir acreditar sobre tudo em você mesma!...Eu quero... Eu posso... Eu desejo ser feliz! Não ver barreira, nada é impossível; ter o direito, o dever de ser feliz, é tudo que importa!
- Bem, minha cara amiga, já se faz tarde. Joice sabe que eu não conheço bem a Bahia, pode penar que me perdi, Já deve estar preocupada.
- Não quer que a mande levá-la em casa?
- Não, prefiro andar um pouco e por as idéias em ordem! Amanhã deverei ter uma conversa muito séria com Joice.
- Está bem, Jessika, desejo-lhe sorte; e conte sempre comigo. Eu lhe apoio na sua decisão, seja ela qual for. Só espero que seja a correta!
Obrigada minha amiga, eu sei que posso contar com você, mas agora, deixo-a!
- Jessika de volta a casa pensava na resposta que deveria dar Joice. Estava propensa a aceitar. Mas com uma condição única. Ela não ia continuar com aquelas reuniões. Se ela aceitar, muito bem. Mas se não; ela vai embora e deixa livre para que ela consiga alguém para ficar no seu lugar. Ela volta para sua casa.
Então pensou: Jaade estaria disposta, mas acreditava que Joice não confiaria a ela esta missão, e seu patrimônio, mesmo sendo assessorado pelo Dr. Rogério, e seu advogado. Jaade é criança; imatura apesar de tudo. Depois ela só pensa em ganhar dinheiro, e se vingar do mundo que a fez sofrer. Ela culpa-o pelo que lhe aconteceu!
Jessika nem percebeu que já estava chegando, e nem viu que Joice estava na janela preocupada com a sua demora. Ela ficou alguns minutos no jardim, pensando!
- Joice a chamou tocando no seu ombro, e disse:- Eu estava preocupada, você demorou tanto!
- Desculpe-me, é que eu vim a pé; gosto de andar enquanto penso!
- Um tostão pelo seu pensamento, brincou Joice!
- Ele não vale tanto. Pensar é um hábito que tenho desde criança!
- Longe de mim subestimarem os pensadores! Eu cometeria a maior imprudência! Agora; diga-me. O que tanto a perturba? Não está satisfeita em estar comigo, preferia estar com Dez? Eu posso conseguir isso!
- Não, Joice, se eu não ficar aqui com você, irei direto para minha casa. Eu já disse, e acredite, por favor: “Eu gosto muito de você, e faço qualquer coisa, mesmo que para isso tenha que por a minha vida em perigo”! Apenas estou triste por que você vai viajar, e por causa do motivo desta viagem! Eu estou com medo!
- Não tenha medo minha querida, tudo vai terminar bem, acredite. Logo estarei bem e em forma!
- Eu estarei rezando todos os dias para que Deus conceda sua saúde.
- Eu sei, e acredito nas suas preces: “Obrigada”! Eu sei também que você está com receio que seja muita responsabilidade para você. Então não vou sobrecarregá-la com estas responsabilidades. Eu deixo alguém aqui, e você viaja comigo!
- Verdade? Você me leva com você?
- Bem, não era isso que desejava, não por que não quero você ao meu lado, é que preciso de você aqui. Eu ficaria mais tranqüila, tendo uma pessoa de minha confiança cuidando do seu patrimônio, por que para mim nada mais importa! Mas se você não quer ficar eu a levo!
Jessika ficou triste. Não era isso que viera fazer na Bahia. Precisava vencer; ganhar dinheiro para ajudar os seus pais. Muito mais agora que sabia que eles foram vítimas de uma trama diabólica da madama Dez! Poderia até voltar para casa e tentar se casar com seu apaixonado Jonathas, muito embora ele esteja no seminário.
Bem, mas este é outro problema, pensou Jessika. Mesmo por que ele não acreditaria nunca na minha inocência, apesar de que disse que estaria ao meu lado, e que eu podia contar com ele. Eu não posso interferir na sua vida desta maneira. Se ele preferiu o sacerdócio, é por que não me amava, e não posso competir com a sua vocação.
As duas entraram, e Jessika perguntou: “Você quer uma resposta, não é Joice?”
- Não quero apressá-la, você tem o tempo que quiser! Eu sei que é uma decisão muito importante que você vai tomar na sua vida. Por isso, pense!
- Eu já tenho a resposta. Eu pensei muito. Seria muito ingrata se não aceitasse ajudá-la neste momento que...
- Mas eu não quero só a sua ajuda. Eu quero que você se sinta bem, que possa tirar deste trabalho muita coisa. Dinheiro, experiência, e sobre tudo o que de melhor possa acontecer. Quanto a sua virgindade, eu gostaria que você não pusesse em risco para ajudar-me. Por isso eu não quero que você continue com as reuniões!
- Não Joice, eu vou continuar conforme era, sem alterar nada.
- É muito arriscado; minha querida.
- Eu não acredito que você continue intacta. Este é o meu pensamento!
- Por quê? Você sabe que eu sou apaixonada por alguém, e quando se gosta de uma pessoa, as outras não existem, não ameaça a nossa integridade física. Não nos entregamos a outro homem!
- É. Ás vezes acontece isso!... Mas mudemos de assunto: “Você nunca me falou deste admirador, deste grande amor!”
- Eu não tenho muito a falar dele, mesmo por que nem sei como aconteceu isso comigo, que sempre fui cuidadosa.
- Cuidadosa com que Jessika, com o amor?
- É. Com este tipo de peripécia que a vida nos prega.
- Você fala de uma maneira do amor! Principalmente do primeiro amor!
- Ele não foi o meu primeiro amor! Não foi nada, apenas uma destas coisas que acontecem conosco. E acontece quando menos esperamos!
- Olha, Jessika, eu acho melhor você me explicar isso. Por que cada vez eu entendo menos!
- Está bem. Eu vou lhe contar como aconteceu, apesar de que tenho certeza agora que; como você disse que tudo foi uma armação, não do destino, mas de vocês. Mas é bom que você saiba o mal que me fizeram.
Não só a mim como poderia ter sido muito maior para aquele menino penso eu!
Eu conheci este menino quando ele cursava ainda o primário. Eu Já estava fazendo o curso de magistério.
- Então você é professora! - Não, eu não consegui terminar o curso.
Quando estava no último ano, tive que trancar a matrícula. Não tive mais condição de continuar. Meu pai adoeceu, precisou fazer um tratamento muito caro. Então tive que mandar dinheiro para ele se tratar. Fui obrigada parar de estudar!
- É. Estas coisas acontecem!... E depois o que aconteceu com você se apaixonando pelo pimpolho, por que pelo que parece, ele era muito mais novo de que você.
- Realmente! Pelo menos doze anos!
- Um! A coisa parece braba!
- É, foi muito difícil!
Um dia, eu estava na lanchonete do colégio, quando ele chegou muito feliz, de uma forma como nunca havia acontecido. Passou o braço na minha cintura, e disse: - Sabe? Eu tenho uma novidade para lhe contar!
- Novidade boa ou ruim, perguntei-lhe brincando.
- Ótima! Venha comigo, quero lhe mostrar!
Nem deixou terminar meu lanche. Puxou-me pelo braço, quase me arrastando; coisa de criança mesmo.
- Olha, disse ele, mostrando-me um carrão estacionado diante do colégio.
Era um Ford do ano!
- E daí, de quem é este carro?
- Meu!
- Seu? Como assim, se você nem pode dirigir!
Eu tenho um chofer, mas tenho uma autorização para dirigir sobre responsabilidade de meu pai. Enfiou a mão no bolso e tirou um papel, e me apresentou orgulhosamente!
- Agora poderemos ir para onde quisermos!
- Você está brincando! Pensa que entro no seu carro, apenas por que você tem este pedaço de papel; Você dirigindo?
- Mas eu aprendi dirigir em uma Auto-Escola. Eu sei dirigir! - Está bem, mas vai convidar sua namoradinha, ela pode confiar em você, eu não!
Desculpe Helinho, estou brincando. Eu não entendo nada de carro. Não sei se você dirige bem ou não!
- Não Jessika, eu quero que você seja a primeira a passear no meu carro!
- Mas por que eu? Você poderá se desentender com a sua namoradinha!
- Eu não tenho namorada, e você sabe disso. Você é a única namorada que quero!
- Sabe, Joice, aquela afirmação me gelou a alma. Eu nem sei lhe dizer o que senti no momento, mas não levei em consideração aquele sentimento que na realidade me apavorou; por que foi uma surpresa, da maneira que ele falou, ainda segurando a minha mão, e apertando.
Então eu disse-lhe: - Está bem, eu vou com você; mais toma cuidado. Eu não tenho seguro de vida; disse aquilo para desfazer aquele mal estar!
Entrei no carro; desconfiada e pensativa... Eu não estava entendendo aquela situação. Eu nunca tinha desconfiado nem de longe que se passava uma coisa desta pela sua cabeça. Mas talvez eu fosse á única pessoa no colégio que não soubesse desta paixão dele por mim. Sinceramente, nunca desconfiei. Mesmo por que ele sempre fora meu amigo. Eu o ajudava quando tinha algum problema nas provas! Fizemos peças de teatro Juntos. Quando saíamos ás vezes a passeio do colégio, ele ficava sempre comigo. Estava sempre perto de mim. Eu pensava que era por ser tímido, e não tinha muito ambiente com os colegas, por ser um dos poucos ricos da turma! Eu pensava que ele procurasse em mim um tipo de proteção de uma irmã mais velha, coisa assim! Bem; como estava lhe contando; saímos para dar uma volta no bairro mesmo! Quando voltamos; ele perguntou: - Como é gostou do carro? E do condutor?
- Um verdadeiro profissional!
- Posso levá-la para casa, Jessika?
- Não Helhinho eu tenho um compromisso!
- Um namorado? Eu conheço?
- Não, não é um namorado. Um amigo apenas!... Arrependi de não ter confirmado que era. Livraria daquela situação embaraçosa! Indesejável!
Mas seria indesejável mesmo? O que estava se passando comigo!
Aquele sentimento que eu nunca havia sentido antes, principalmente por uma criança!
Enquanto isso ele ficou esperando minha resposta.
- Então?
- Pode! Disse fazendo um sinal com o dedo, mas em tom de brincadeira.
- Posso considerar uma promessa?
- Pode!
Tentei afastar aquele pensamento para bem longe. Mas durante as aulas, me surpreendi várias vezes pensando nele. Não conseguia pensar em outra coisa. Aquela atitude do Helhinho era muito estranha. Mas durante o passeio ele não se preocupou senão com o volante. Preocupado em não dar mancada, talvez! Não disse nada que insinuasse alguma coisa. Só quando nos despedimos, é que ele me fez a pergunta se podia me levar para casa.
No dia seguinte, na hora marcada, ele estava me esperando. Eu fiquei fria. Não sabia o que fazer. Era uma loucura. Então eu mandei uma amiga dizer-lhe que eu ia sair mais tarde, que tinha uma prova; para ele não me esperar por que o meu amigo ia buscar-me. Como eu ia sair muito tarde, ele ofereceu para apanhar-me no colégio, que tinha uma coisa para me mostrar! Inventei uma série de coisas! Mas na realidade eu não estava satisfeita com aquela situação! Não sei o que estava sentindo. Uma coisa era certa, eu estava apavorada com aquele sentimento. Eu não podia me